sábado, 14 de junho de 2008

Depois de ver... E olhar.

Hoje deitei por alguns minutos durante a tarde na minha cama e ao fechar um dos olhos percebi o incomodo que isso me causava, isso meio que limitava a minha visão do que me cercava de tal modo que mexia comigo internamente. Foi ai que lembrei de um trabalho de fotografia que fiz há uns meses atrás sobre como nós somos limitados a apenas ver as coisas e nunca olha-las de maneira mais próxima. E nessa tarde me dei conta do quão acomodado ficamos com nossas vidas e com nosso cotidano que passamos a apenas ver o que nos cerca.

A diferença de “ver” e “olhar” pra mim sempre foi bem clara, “ver” é só o ato de direcionar a visão a algo, mais “olhar”... “Olhar” é muito mais que isso. É entrar nos objetos, sentir o que sentem e o que você sente por eles. Hoje eu entendi que preciso olhar mais o meu mundo, pra só então poder buscar novos horizontes.

Há anos que moro no mesmo apartamento, e só hoje percebi quanto tempo desses três anos passei tendo a mesma visão, com meus olhos que enquadram apenas um monitor, uma mesinha de computador, uma TV e um lado da geladeira. Fiquei pensando, eu fico frustrado por não poder viajar e me sentir livre perdido em todas as novidades que o mundo pode me oferecer, mais... Ainda assim, esqueço das novidades próximas, de ver o mundo que esta a minha volta agora, de forma diferente. E realmente olhar essa pequena parte do mundo.

Vemos que a cada olhar e cada momento, limitamos uma parte do todo de forma única. Ainda que olhemos mais de uma vez para a mesma direção, não serão o mesmo olhar, nas vezes seguintes perceberemos coisas que não tínhamos percebido e até deixaremos de perceber certas coisas.

No nosso dia-a-dia ficamos saturados de informações, sobretudo visuais, que tira a nossa sensibilidade para o simples. No documentario Janela para a Alma, um filme sobre a percepção humana sobre os olhos, um dos entrevistados cita a seguinte frase “o excesso de imagens nos torna insensíveis”. E concordo com ele por que vejo que é toda essa informação e a dinâmica do mundo moderno que nos faz deixar de olhar o mundo para apenas vê-lo.

Na letra da música “O que sobrou do céu”, colocada no final do pos e também citada post mim no trabalho de fotografia, esta o exemplo perfeito da libertação desse nosso “ver”, transformado no mais puro “olhar”. Agora, eu prometo seguir o exemplo da música e desligar mais a TV e a transformar em espelho pra “assistir” o meu verdadeiro mundo.


“Faltou luz mais era dia, o sol invadiu a sala, fez da tv um espelho, refletindo o que agente esquecia... todas as flores escondidas nas nuvens da rotina, pra gente ver entre os prédios e nós. Pra gente ver, o que sobrou do céu, o que sobrou do céu.”

(O Rappa – O que sobrou do céu)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Depois de ver... O Circulo.

Galera... Depois de quinze dias sem postar no blog, atolado dentro de de pilhas de trabalhos e provas (e de nadismodoquefazer, por que ninguem é de ferro), tô voltando com tudo pra mais um post daqueles. o.O

Vocês quando entram nesse blog devem se perguntar. De onde raios veio esse nome (Depois de Ver...), e hoje vão ficar sabendo =D Depois de idealizar o blog (eu e Idell) ficamos sem falar nele por algumas semanas, até que conversei com Pablo sobre a idéias que tinhamos tido. E de apenas uma idéia passou logo para um projeto que logo passou pra uma pratica. Foi ai que nos deparamos com o nome,ou a falta dele, e só depois de alguns minutos buscando inspiração nas mais diversas fontes, chegamos a músicas da banda bahiana "O circulo", e que por ser uma banda que gostamos muito, então que as mentes criativas (por profissão) Eu e Pablo tivemos o insite de colocar o nome de uma das músicas d'O Circulo, a música é "Depois de ver..." foi a escolhida, ela conta a hístória da libertação de um pessoa que só vivia em função do mundinho a sua volta, e que por isso sentia que tudo era incompleto. Enfim confiram abaixo a letra da música d'O Circulo "Depois de ver" e tirem suas proprias conclusões. Tem tambem o clipe (no final da barra da direita), vale a pena conferir. =D

Depois de Ver
(O Circulo)

Era a casa
Era luz
Eram pais e irmãos
Mas era só um lado do mundo
Era só esse que eu via
Era deus
Era igreja
Era culpa
Era dor
Mas era só um lado do mundo
O outro eu desconhecia

Era a ordem e a prova
Era o estudo e o uniforme
E o futuro
E o futuro... ...

Mas era tudo incompleto
E eu faço parte do mundo
Eu só cheguei a mim mesmo
Depois de ver



domingo, 18 de maio de 2008

Depois de ver... Textos guardados.

Viva a Hipocrisia Humana

Saudemos a hipocrisia da humanidade, saudemos os loucos hipócritas que propõe e pregam a igualdade. Brindemos ao dia da mulher, ao dia da consciência negra, as paradas gays, dias e mais dias das minorias do nosso mundo. Dias cultuados e comemorados, mas que na verdade não existe nada mais preconceituoso e racista.


Comemorarmos esses dias é como admitirmos que existam diferenças entre esses povos, entre esses seres, entre esses humanos. Humanos esses que nada são diferentes de nós. Temos as mesmas capacidades, as mesmas ferramentas, quase nunca as mesmas oportunidades. Mas... Continuamos a discriminar e excluir tudo que nos é diferente. Como já nos disse Caetano "É que narciso acha feio o que não é espelho, e a mente apavora o que ainda não é mesmo velho...”.


Olhamos uns para os outros e dizemos: "Eu não sou preconceituoso, tenho até alguns amigos negros", ou "Ficar com uma mulata gostosa tudo bem, mais namorar uma? Isso não!”, ou "Não sou contra o homossexualismo, mais se um viado me passar uma cantada eu sento-lhe a porrada." E até: “Não tenho nada contra os meninos de rua, mas porque eles não vão pra casa deles?”.


Enquanto deveríamos olhar a humanidade das pessoas e como elas tratam o próximo. Olhamos como ela se porta a mesa, no que ela acredita ou no que deixa de acreditar, o que ela usa ou deixa de usar.


Dizemos deixar o ato de julgar a Deus. Mas exigimos dos outros que se convertam a nossa religião. E isso não é julgar? Não, isso não é só julgar. É julgar-se superior ao próximo, é julgar e também condenar o outro pelo que ele acredita.


Enganamos-nos achando que o preconceito vem somente das maiorias. O próprio discriminado, o próprio povo condena, mesmo que sutilmente, o seu semelhante. E apóia assim, uma discriminação disfarçada de igualdade. Aceitamos cotas para negros, privilégios em escolas e universidades, e admitimos assim para nós mesmo e o mundo, que existem pessoas inferiores e que necessitam de privilégios para conseguirem alcançar o que outros já conseguiram.


O mundo caminha para uma sucessão de erros. Erros que tentam concertar anteriores e criam outros cada vez mais complexos. Sinto e temo pela raça humana que, em pleno séc. XXI, mantenha-se tão preconceituosa e tão hipócrita a ponto de negar o próprio preconceito.


(Textinho que escrevi a mais ou menos um ano atrás, e na minha opinião continua bastante atual)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Depois de ver... O caso Isabella!!!

Ver e rever, por centenas e centenas de vezes. Confesso a vocês que já não agüento mais ver em todos os jornais, em todas as emissoras, em todos os horários, todos os dias, blocos inteiros sobre o grande nada de novo que se tem de novo sobre esse caso. Certo, que todos nós ficamos intrigados sobre o que se passa na cabeça de uma pessoa para jogar uma menina de 5 anos pela janela de um prédio, e não só jogar, tentar cortar a rede de proteção (que ironicamente foi feita pra evitar que crianças caiam) com uma faca, depois com uma tesoura e só então pegar a criança e defenestra-la. Mais por causa disso passar quase 45 intermináveis dias saturando o nada de informações em intermináveis horas de telejornal? Será que isso é realmente necessário? Serio? Eu pergunto a vocês, o que realmente novo (e importante para a resolução do caso) foi passado nas milhares de reportagens sobre o caso, que não foram ditas nos primeiros 2 dias? Eu praticamente deixei de assistir jornal, por causa disso, mudo imediatamente de canal toda vez que ouço o nome Isabella ser citado na tv. Estou farto dessa mídia sensacionalista que usa e abusa do nada para chegar a frente na infindável guerra por audiência.

Só pra dar mais um pequeno exemplo de quão fundo o nosso jornalismo pode ir no mais inútil do cotidiano, vou conta só mais uma coisa que me deixou tão irritado quando o caso citado anteriormente. A uma ou duas semanas atrás peguei o Cinform (jornal de circulação semanal de Sergipe) e a reportagem de capa era a seguinte “Brocha e corta o pênis”, a reportagem de capa de um jornal semanal, que você acha que tem as noticias mais importantes da semana, e encontra isso. Lamentável. A história de um cara do interior de Sergipe que brochou, a namorada o chamou de viado e ele cortou o pinto fora. E isso ganha a manchete de capa de um dos jornais de maior circulação no estado. É por essas e outras que eu vejo a decadência do nosso jornalismo. Agora termino esse texto me desculpando com vocês por fazerem vocês lerem o nome da menina no inicio do texto, que nem vou ousar repetir, por que sei que vocês devem ta tão saturados quanto eu de ouvir esse nome. E desejo boa sorte, porque ate alguma outra criança (DA MEDIA ou ALTA SOCIEDADE), ser morta arrastada por um carro em fuga, jogada pela janela ou torturada no fundo da casa, ainda vamos ouvir muito sobre o “caso XXXXXXX”

sábado, 10 de maio de 2008

Ponta pé inicial!!!

E ai galera!?

Aqui é o OmaX dando boas vinda a todos ao nosso blog, esse é um projeto inicialmente de Kurama, OmaX e Pablera. Nós criamos esse espaço pra, acima de tudo, se divertir e reunir pensamentos, histórias e conhecimentos de todos nós a respeito do mundo. E como introdução já basta, resta agora vcs acompranharem agente na concepção desse novo centro de idéias.

Abração!!!