quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Depois de Ver... O Mundo ao Pó. (parte 1)

Mundo pós-apocalíptico, ano de 2019. Meses depois do aparecimento do vírus CEF1, que transformou 86% da população em zumbis. Toda a tecnologia e resquício de humanidade se foram, quando o restante da população obrigou-se a lutar pela sobrevivência.

Mirian estava sozinha dentro da caixa d’água vazia da fabrica em que trabalhava antes da epidemia. Os primeiros raios de sol começavam a aparecer quando ela se levantou ainda segurando sua arma e verificou se o perímetro estava seguro. Ela estava “morando” ali a algumas semanas desde que se separou do pequeno grupo de sobreviventes ao qual fazia parte.

Enquanto checava a mochila, verificando o estoque de suprimentos que lhe restava, se deu conta de que as provisões que tinha não durariam muito. Matar um de seus companheiros não tinha sido uma escolha dela, mas não se arrependia de ter garantido a própria sobrevivência.

Eram novos tempos e o velho “unidos venceremos” não mais funcionava. Os pequenos grupos de humanos que sobreviveram ao vírus, se dissolveram logo após descobrir que o medo de acordar sendo devorado pelo companheiro ao lado era maior que a necessidade de unir forças para enfrentar os infectados.

O cansaço das inúmeras noites insones, já transparecia no seu jovem corpo de 30 anos. Isso unido a subnutrição que o racionamento já duradouro lhe proporcionava. A necessidade de sair do seu esconderijo e ir em busca de alimentos era evidente e postergar isso poderia significar no futuro não ter forças para tal.

Os filmes e séries antigas a enganaram, pensava ela. Ao contrário deles, os infectados, ou zumbis, não temiam a luz ou o sol.

Sob a constante guarda de sua, recém adquirida, pistola e o fiel facão, avançou cidade a dentro, o silencio lhe garantia maior segurança que o sol. Em sua temerosa caminhada rumo ao centro da cidade, em uma pequena rua a sua direita viu algo que fez seu coração disparar. Um infectado, banhado de sangue e com olhos vidrados, esmurrava ferozmente um poste.

Seus olhos vazados de vermelho sangue cruzaram com o de Mirian. Ela sabia que aquilo significava apenas uma coisa: seria perseguida. Em seu dilema interno entre disparar a arma contra o pobre homem e o barulho chamar atenção de possíveis outros por perto ou tentar fugir e se refugiar antes que a besta a alcançasse.

Optou pela segunda,correu em direção a um bar próximo e forçando a porta, entrou em um só solavanco. De arma em punho com receio do que poderia encontrar dentro do bar, ouvia os passos apressados e os grunhidos do infectado que a perseguia. Forram segundos de tensão, em que ela sumiu cozinha adentro e passos antes dele a alcançar ela conseguiu passar pelo basculante da cozinha para a rua e o fechar. Correu como se não houvesse amanhã e alcançou a galeria da cidade.

Os supermercados, bares e lojas de conveniência a essa altura tinham sidos todos saqueados e os principais produtos portáveis e fáceis de preparar ou consumir já haviam si esgotado. O que restava agora estava nas dispensas das casas. Porem na ultima vez em que Mirian saqueara uma farmácia, com o grupo de sobreviventes, em busca de medicamentos, ela viu os Shakes emagrecedores e lembrou dos suplementos e a possibilidade de racioná-los.


... Continua.

Depois de Ver... Ser, Querer, Ir.


Certo dia me perguntaram quem sou.


Respondi que sou a soma de vários universos.



Sou a voz que sussurra, a mão que escreve, a perna que corre


Sou os olhos que lêem, a boca que beija, a cama que deito


Sou a fruta partida em pedaços, o poema cantado e a perna inquieta.




Sou múltiplo e multifacetado;





O que quero é fácil adivinhar


Encher meu vazio de sensações, sentimentos


De conceitos, amores e conhecimentos


De música, de solidão;





Se me perguntarem onde estou e para onde vou


Estar, pra mim basta estar no mundo.


Quanto ao ir a essa pergunta


Respondo na lata, sem titubear:


“À eternidade, por que lá é o meu lugar

domingo, 20 de novembro de 2011

Depois de Ver... Soul Negro.

“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados
por sua personalidade, não pela cor de sua pele.”

Martin Luther King

Soul Negro,

Quilombo, Zumbi da nação;

A capoeira seu jogo;

Muita paz e oxalá.

Soul Negro,

De positividade, elevo minha alma;

Na voz de Bob o reggae é o grito da paz

Sigo o bem e a verdade de suas palavras

Soul Negro,

Nada de fingir ou sofrer;

Vivo de amores e rosas;

Copio Cartola, levo a vida a sorri.

Soul Negro

Igualdade!

Vibro pela indistinção do externo

No sonho de King nossa realização.

Soul Negro,

Fuja do cotidiano,

Liberte sua alma;

Na música, a filosofia de Hendrix

Soul Negro

De Tim a Ray

De Mandela a Pelé

De Barack a Areta

De Besouro a Woords