domingo, 31 de março de 2013

Depois de Ver... A Bagunça que fiz Comigo.


Tá tudo bagunçado. Tudo confuso. Nem sabia mais que eu era.

Venho fazendo coisas que não gosto, atraído coisas que não quero, mentindo para mim mesmo sobre o que sou.

Estou vivendo a vida que tanto desejei minha adolescência, festas, mulheres, álcool... Conhecendo pessoas, me envolvendo em altos ciclos de amizade. E com isso me sinto enojado, repudio a mim mesmo. Não nasci para ser assim, não fui criado dessa maneira. Não suporto me olhar no espelho, não consigo me ouvir fala, meu cheiro me irrita...

Venho conhecendo as pessoas em seus mais fúteis momentos. Foi bom, como todas as experiências que tive na vida. Foi bom ter vivido isso. Foi bom saber que posso ser o que quero. Isso serviu para me mostrar o quanto pode ser dolorido tentar ser algo que não é. Foi bom para que eu soubesse o quanto estive certo por toda minha infância e adolescência, e isso não é para mim. Foi bom para poder saber o que não sou.

Hoje, em nome da minha sanidade, volto a ser o que sempre fui. Volto agora a ser o chato, o nerd, o que não sabe dançar, o que prefere os livros, o parque, o violão.

terça-feira, 19 de março de 2013

Depois de Ver... Minha vergonha.


“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele.”



Eu até a pouco achava que o sonho de Martin estava mais próximo que nunca.

Porem, hoje depois de ver alguns deputados racistas e homo fóbicos (eleitos pela população e que representam a opinião do povo), dominando a política nacional e gritando seus preconceitos aos quatro ventos impunemente.


Eu sinto vergonha de ser Brasileiro.

Os deputados racistas eu sei quem são (Jair Bolsonaro, Marco Feliciano), meu problema maior é com os eleitores que os elegeram, que estão por ai, pelas ruas disfarçando sua intolerância, seu racismo. E a qualquer momento posso ser alvo dela sem saber ou esperar.

Vergonha, esse é meu sentimento hoje.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Depois de ver... Sem Maquiagem.


Não é a maquiagem, os saltos e perfumes que a fazem linda;
São as ações, o jeito sincero e direto;
É toda a agitação e inquietude;
São todas as mil e uma utilidades.

É o preocupar de mãe, que a faz ser tudo que é;
É a disciplina em todos os seus rituais;
É o balançar dos quadris, é o falar.

São lindas todas as opiniões e todos os “lages”;
É toda a marra, toda parceira,
Isso que a faz bela;
É o conhecer das mil e uma pessoas, é o frequentar os mil e um lugares;

É algo nos olhos, com e sem rímel.
Algo na voz, rouca ou não.
Algo no molejo, no pé, no samba.
Algo em você.