sexta-feira, 31 de maio de 2013

Depois de Ver... Amor de Filme.


Passei a refletir: “o que estou tratando com prioridade?” e me deparei com um “eu” idiota, que mais uma vez tratou de afastar quem bem-me-quer, quem gosta de mim, por simples capricho. Por querer acreditar de verdade, lá no fundo, nesse amor de filme. Por querer acreditar que eu posso esperar cair do céu minha “soul mate” ou que vou encontra-la na próxima fila do banco, no caixa da livraria, cruzando comigo no supermercado, ou vai bater na minha porta falando ser a nova vizinha.

Não cumpri o que tinha prometido a mim mesmo, de seguir a letra de Caetano a risca e só gostar de quem gosta de mim. Fiquei na esperança de encontrar meu sonho utópico, minha cara-metade, sozinha na fila do cinema, de regata e calça jeans com seus longos cabelos negros e seu óculos. E quando isso acontecer ela virar para mim com um sorriso e dizer: “será que esse filme vai ser tão bom quanto o livro?”.

Mas na verdade sei que isto nunca vai acontecer.

Mas acabei deixando passar pessoas maravilhosas na minha vida, por querer, lá no fundo, acreditar nesse ideal.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Depois de Ver... Língua.


Mostrou a língua com um sorriso. E teve também uma língua de volta, mas acompanhada de uma frase:
- Quem dá língua pede beijo. – sorriu ela enquanto dizia.
Não pode-se afirmar que seja uma máxima sempre verdadeira. Mas naquele caso era.
Ele!? Ficou rubro. Não beijou. Não mais sorriu. E não deu mais língua a ela.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Depois de Ver... Prioridades.


Sempre que alguém faz algo, ele esta abrindo mão de varias coisas. E que duas forças estão em ação nesse momento. Uma é a força que o leva a fazer esse algo (a vontade, o querer), a outra é a força que o impele a fazer outras, a seguir outro caminho.

Se uma das forças não for forte o suficiente para sobrepor a outra, fica-se estagnado, inertes. E isso nunca foi bom, faça suas escolhas com sabedoria, e saiba ir ao encontro do que acredita, do que deseja.

Reflita! Qual importância que você dá a coisas pequenas e fúteis? E o quanto de oportunidade que perde por isso? Falo de oportunidades na vida. A vida só se mostra para quem tem a coragem de tirar a venda dos olhos.

Dar e receber apreciação é o que há de melhor na vida, procure ir atrás de quem e do que deseja. Ai é que colocamos em xeque a vontade, a garra, o pareço, as prioridades...

Quem quer dá um jeito. E com as pessoas são assim, elas gostam de se sentir queridas, querem saber que você abriu mão de ver o jogo para ficar com ela, que você desistiu de comprar um vestido para lhe dar um presente, que abriu mão de ir passar o natal na casa dela para ver você sorrindo junto a sua família.
Se as oportunidades se apresentassem quando estamos ali, sem fazer nada, largado no sofá. Seria muito fácil. Não haveria mérito. Elas devem vim quando menos esperamos, quando estamos cheios, atolados de caminhos a seguir,. E ai então é que temos que fazer as escolhas corretas para alcançar o sucesso.

Dificilmente faço a alguém algum convite planejado. Com uma semana de antecedência. Com um dia de antecedência se quer. Repare bem, disse dificilmente, não que nunca fiz ou nunca vou fazer.

Essa é a forma que achei de medir a importância que as pessoas dão a minha companhia. Se uma vez ou duas ela recusa meu convite, é possível que ela aprecie minha presença e ainda assim não possa mesmo estar comigo. Mas se isso acontece com uma frequência muito grande. Fica claro que a maioria das coisas é mais importante para ela do que eu sou.

O que não há nada de errado nisso. Porém, é ai que me dou conta de que nunca vou poder contar com essa pessoa. Por que tudo é mais importante pra ela. Nos relacionamentos  afetivos não é diferente, se a pessoa é assim em um início de namoro. Imagina em um possível futuro juntos. Vou ser deixado de lado na primeira curva.

Lembre-se não fique esperando que caia no teu colo. Se você não fizer a sua parte, você não merece. Corra atrás, brigue, abra mão do superfulo, se jogue de cabeça na vida. Que só assim as oportunidades surgirão como flores na primavera.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Depois de Ver... Meu Outono.


Minhas folhas vão caindo o tempo todo. São pequenas partes verdes que nascem e logo se vão. Como palavras ao vento, caem secas e sem vida, que logo são direcionadas para o lixo mais próximo.

As minhas raízes estão cada vez mais grossas e chegando mais distante. Tentam desesperada correr em direção a superfície em busca de ar, de alimento.

Meu caule está áspero, com a casca de aspecto velho e não é mais tão receptivo aos afagos e abraços. Só vem se tornando mais rígido e menos flexivo.

O que me resta é crescer em tamanho, mas não tanto, os fios de alta tensão me impedem de ir mais longe. São os choques do mundo moderno nos aprisionando.

As flores e frutos aparecem apenas nos curtos dias de primavera. As flores protegidas demais sob os muitos galhos, ninguém se quer vê. Os frutos caem podres sem ninguém consumir.
Meu outono nunca acaba.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Depois de Ver... Que certas coisas não "mundão".


Mudei, né!?

Meus textos hoje têm mais ponto, meus ombros estão mais largos (porém mais curvado), minhas roupas não tem mais o mesmo estilo.
Hoje uso óculos (porque preciso), estou tocando um pouco mais de violão (mais em tempo, não tanto em qualidade). Ahhh, adicionei alguns livros a minha prateleira, cinema ainda mexe comigo e estou bebendo muito mais.

É que o tempo passou, né!? Ai é normal as coisas mudarem.

Mas, mesmo com pontos, meus textos falam das mesmas coisas (por mais que seja  indiretamente, sempre falam de você), meus ombros carregam os mesmos pesos e pesares (só somados a alguns outros).

Os óculos eu ate gostei (dá um ar senil, que me caiu bem, acho que você aprovaria), o violão continua tocando todas as músicas que tocava para você. Os novos livros, quase sempre são de fantasia, e sempre encontro um ou outro personagem que me lembra de você.

Cinema!? Agora é diferente...

Sei que ficaria triste em saber o quanto estou bebendo, eu também fico, mas é a vida.

É... Enfim... As coisas mudam. Só minhas lembranças é que não.

(da série: "cartas que eu não mando")

domingo, 5 de maio de 2013

Depois de Ver... Que é só um papel.


É só um papel, uma atuação.
Interpretada dia a dia, por algumas horas.
Porque o real está em casa, dentro das cobertas, sob o travesseiro, atirado no sofá ou pelado no banheiro.

É apenas um personagem, uma máscara.
Usada diariamente, na rua, no trabalho, no bar.
Para não assustar, não amedrontar e horrorizar os transeuntes.

É um a fantasia, um figurino.
Vestidos todos os dias, como um uniforme.
Para disfarçar o gosto peculiar, e o mundo não se chocar pela nudez dos trapos.

Mas é tudo verdade, o personagem é criação dele, então não deixa de ser ele. É a imagem dele refletida no espelho do mundo.

Não há mentira, não há enganação, só um grande teatro.

Porém não é prazeroso, o papel ele não gosta de interpretar, a atuação é com pouca emoção (apesar do elogio dos críticos), o personagem é frio e sem profundidade, a máscara é apertada, pequena e restringe os movimentos do rosto, o figurino cumprido demais e a fantasia é velha.