quinta-feira, 30 de abril de 2015

Depois de Ver... O Medo.

Só por que eu te dei “oi”, não significa que quero te comer.

Simpatia! Característica que certas pessoas, com certeza, esqueceram lá dentro das redes sociais.

Esquecem na frente fria de um computador. Na tela lisa de um celular. Deixaram no encosto da cadeira da última ceia de natal.

Hoje, quando a empatia se tornou artigo de lixo. Onde tratar o outro bem e tentar conhecer sua origem passou a ser sinônimo de interesse sexual.

Repensem a sua visão de mundo e seu relacionamento interpessoal. As pessoas podem ser boas só por serem.

 

Há prazeres escondidos nas palavras do outro, que só quem tem paciência para ouvir tem direito a essa dádiva.

Há conhecimentos infinitos, ocultos nas nuances de cada frase, dita por cada ser.

E “ler” pessoas, torna-se mais fácil quando se é educado.

Salvo nas vezes em que se fecham com medo da bondade alheia.

 

Seja bom e permita que sejam bons com você.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Depois de Ver... A Loucura.

Imagina!!! 

Que louco seria

Se do nada

Em uma manhã

O mundo

transbordasse poesia.

 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Depois de Ver... Tudo Que Sou.

 

Sou pedaços poéticos inacabados, a soma de tropeços;

Sou relva e razão;

Sou campo, sou selva;

 

Sou a sala de cinema vazio;

Sou discurso, sou paixão por incontáveis mitos;

O lençol sujo da noite mal dormida;

Sou mil e mil me são iguais;

 

Sou os velosos, bens e tais;

Vezes elas, vezes eles;

Sou peles e pelos.

Sou mar, sou montanhas em desalinho,

Pena, vento, ninho.

 

Sou o pensamento só,

Sou Luiz, sou Mario’s, Chico’s e Maria’s.

Cores e tons;

Sou todos e ninguém.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Depois de Ver... Qualquer Lugar.

Jaime estava ali, parado na calçada. O seu olhar perdido, não combinava com todo o conhecimento que tinha sobre onde estava. Morava ali a anos, passara, praticamente todas a sua vida, naquela região. Conhecia cada rua com as falhas da sua barba. Mas ainda assim, seu olhar era perdido.

Estendeu as mãos em direção à rua e gritou como os clichês de filmes “holiudianos”: “Táxi”.

Um táxi, parou, ele entrou e sentou-se no banco de trás. O motorista olhou sério pelo retrovisor e esboçou um “boa tarde”. Os segundos de silêncio que seguiram o boa tarde foram suficientes para irritar o motorista, que olhava impaciente para o passageiro que insistia em não responder a pergunta não feita: “para onde?”. Carregado de tédio e cansaço na voz, o taxista verbalizou a pergunta e esperou pela resposta de Jaime.

Ele olhou para os lados, para as ruas que tanto conhecia e falou: “Qualquer lugar”.

O taxista ligou o taxímetro e pôs o carro em movimento e parou na outra quadra, a 10 metros de onde tinham vindo, desligou o taxímetro e olhou calmamente para Jaime dizendo: “Chegamos”.