sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Depois de Ver... Mudanças de Pensamento.

Sim, o histórico do socialismo condenava os gays, colocavam em pelotão de fuzilamento os homossexuais assumidos. Mas sabe o que? O mundo evolui, as realidades evoluem. Ao contrário de algumas organizações e seguimentos da sociedade, como a igreja católica ou as alas conservadoras do Brasil e do mundo, que ainda hoje condenam os homoafetivos e afins. Estes pensamentos tentaram e tentam evoluir. Tentam se adequar aos novos conhecimentos, tentam melhorar. Tentam pensar no social, no comum, em todos. E agora eu pergunto, e os retrógrados pensamentos conservadores, religiosos...?

Até quando Roosevelt tornou-se presidente dos EUA, pouco antes da segunda grande guerra, o partido Democrata dos EUA apoiavam a escravidão. Hoje é um dos apoiadores da igualdade racial e o principal partido a apoiar as minorias. O mundo muda. Pessoas mudam, a tecnologia muda, a forma da terra “mudou” (de plana para redonda). E ainda assim certos setores da sociedade não conseguem mudar o pensamento. Não conseguem suplantar ou melhorar um pensamento de mais de 2 mil anos. Baseado na intolerância e na discriminação.

A pouco mais de 120 anos a escravidão foi tirada do papel, e ainda temos negros morrendo diariamente vítima do preconceito, sendo humilhados, segregados, marginalizados tudo por uma crença tão antiga.
Dirão “há, mas o mundo mudou muito”. Mudou, mas ainda está longe de um ideal. As piadas continuam, as comparações continuam, as humilhações continuam.
Aqueles que sabem o que é isso aguentam calados, colocam um sorriso falso no rosto e fingem gostar, fingem aceitar. “Só podia ser preto”, “só tinha tigrada”, “Faz bem feito, não vai fazer essas negrisses”, “Mas não, tu está exagerando, não somos preconceituosos”, “é um viadinho mesmo”, “coisa de gordo”.

O preconceito está ai, a volta, muitas vezes dentro de casa, do trabalho, do táxi, da academia, e a lista não para.As vezes violento, basta ver as estatísticas e comparar o número de mortos negros e gays, é assustadoramente mais alta que a proporção da sociedade.As vezes mais branda, basta ver quantos casos de discriminação são realizado no Brasil diariamente, e olhe que a grande maioria costuma nem ser documentado.As vezes é dissimulado, é a piada, a brincadeira, que pode acontecer em casa, no trabalho, na rua. Muitas vezes é invisível, quando alguém não é escolhido para um vaga por sua cor, e se quer chega a saber que foi por isso.

Se os números não mentem, eles fazem chorar. E o pior, se é que pode ficar, é que ainda tentam justificar seus atos. Escondendo-se atrás de frases feitas, de religiões com bases de séculos atrás, ou simplesmente no “é brincadeira” ou do “todo mundo faz mesmo”, ou ainda “tudo mundo pensa, só não tem coragem de falar”.

Esse preconceito tem voz, tá nas ruas, nas rádios e meios de comunicação, tá nas escolinhas e nas universidades. São muitas vezes os que deveriam nos proteger.
Está por ai. Como uma entidade, penetrado na sociedade de forma enraizada. Em alguns casos é até cultuado e ovacionado.
O mundo está mudando, a internet nos deu voz, nos uniu e nada mais vai nos calar.
Sonho com o dia em que o sonho de King se tornará real. E meus filhos e descendentes “viverão um dia numa nação onde eles não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter.” E ainda acrescento, e que também não sejam julgados por suas identidades, preferencias ou escolhas sexuais.

Depois de Ver... A Ditadura.

Eu não consigo entender uma ditadura como algo bom em nenhuma instância. Nem como um "mal necessário" como muitos colocam.
Considero a liberdade algo, como um... Um bem essencial.
Mesmo concordando que aparentemente para alguns grupos a ditadura seria o mais adequado, nunca apoiaria algo do tipo.
Defendo a liberdade de expressão e de atos como unhas e dentes, toda ela, pelo bem da sociedade.
Entre ter a minha liberdade tolhida pelos bandidos na rua e ter o direito de reclamar, fugir, tentar alternativas e etc
Ou ter “segurança” e “comida” e não ter o direito de mudar minha situação, de reclamar, fugir, ou tentar algo novo.

Desculpa, mas fico com a segunda opção.

E como gosto de lembrar daquela frase maravilhosa do intelectual moderno chamado Facebook - salvo a adaptação livre:

“Como colunista de um jornal de concessão do governo republica, postar uma coluna pedindo ditadura é moleza.
Quero ver pedir república em um governo ditatorial”

Se defender de um outro que foi penalizado, sem estudo ou educação, ou por que é um mal caráter mesmo, é muito mais fácil do que se defender de uma instituição soberana como é o governo.
Soberana em ambos os governos. Ao menos no caso da república, tenho esta instituição superior trabalhando ao meu favor. Mesmo que muitas vezes a ineficácia se sobreponha.
Enquanto na ditadura ela trabalha pela simples existência. Ela trabalha pela manutenção do próprio poder. Pela manutenção do controle.
Não se passa fome não por que a ditadura acredita que comer é um direito seu, mas por acreditar que barriga cheia não reclama.
Se tem menos violência civil nas ruas (friso o CIVIL, por que a violência contra oposição costuma ser constante e exacerbada), não por que o governo acredita que segurança é um direito do cidadão, mas por que toda liberdade lhe foi tirada. De sair rua a noite, de se reunir com os amigos, seja você cidadão de bem ou um marginal.

Opressão por opressão, fico com a opressão capitalista republicana.