quinta-feira, 29 de abril de 2010

Depois de Ver... Mudanças.

A cada ano mudamos de calendário, a cada mês passamos a folhinha na parede, a cada dia viramos uma pagina da agenda, a cada hora o sino da igreja aumenta uma badalada, a cada minuto mudasse números no visor do relógio digital e a cada segundo o ponteiro mais fino se desloca no relógio de pulso. O mundo esta sempre em movimento, bem como as pessoas e seus desejos e impulsos.

Aprendi muito cedo a apreciar as mudanças e entendi que o novo não necessariamente é ruim. Assim soube que o mudar faz parte da vida, e que não devemos teme-lo. Mudar de cidade, de casa, de amigos, de gosto, de vida. Porem tudo sem deixar verdadeiramente nada pra trás. Pois, por mais que mude o ano, ele sempre volta a iniciar do dia primeiro de janeiro, todo mês tem seu primeiro dia, todos os anos as agendas tem a mesma quantidade de dias, todos os dias o sino bate 12 vezes ao meio dia, a cada 24 horas o relógio volta a marcar a mesma hora de antes e a cada giro o ponteiro fino do relógio voltará ao seu lugar de origem.

E assim uma idéia foi construída na inocente cabeça de uma criança, a de que o mundo inteiro é seu quintal onde tudo deve ser descoberto e curtido, sem deixar de lado todas as experiências e aventuras que lhe trouxeram ate ali. O passado é muito mais do que passado, é a historia viva na memória de tudo que se viveu, é o que nos torna quem somos, mais ainda assim não deve ter mais valor do que o agora ou muito menos das infinitas possibilidades que cada escolha presente pode nos oferecer.

Quero conhecer pessoas, fazer amizades, ver lugares, apreciar paisagens, ter experiências, aprender línguas, agregar costumes e saber de coisas, de forma a me tornar uma cocha de retalhos cultural, para me olhar no espelho a cada dia e perceber que não pertenço a nenhum lugar e pertenço a todos ao mesmo tempo. E Depois de Ver... E serei uma obra cubista feita de partes do mundo.