sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Depois de Ver... A Pergunta Não Feita.

Se deixou fotografar, tão doce, tão meiga.
Parecia saber a pergunta que não seria feita. E sabia.

Os olhos brilhavam, sorriam.

Ele!? Não fez a pergunta.
Ela!? Respondeu, sim. Com os lábios sussurrando em gritos desenfreados.

Corações latejando. Respondeu.

Respondeu e afirmou com um beijo.
Para selar o contrato.
Para fazer sonhar.

Depois de Ver... O Caminho.

Era um caminho cheio de pedras.
Solitário e escuro.
Ela o conhecia bem. Era sua rotina. Quando ele chegou para acompanha-la, no inicio foi estranho. Mas os sorrisos se completavam.

E em pouco tempo. Mais do que o sorriso, eram os passos, os objetivos e sonhos. Eram as habilidade e vontades. Foram se desenvolvendo juntos. Um apoiava o outros nos trexos mais complicados.  Puxavam um sorriso, se ajudavam a levantar, se aqueciam no frio.

Aprenderam tanto um com o outro. Tantas coisas e tantas vezes, que chegavam a confundir pensamentos, muitas vezes não mais sabiam que tinha dito o que. Tantas vezes se sentiam uma só pessoa, que um dia, enquanto dorminham abracados se fundiram.

Se fundiram de modo a se tornar um só ser. Indivisível e inseparável. Não completo, mas o mais próximo disso que se pode pensar.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Depois de Ver... O Fascínio

Sem dar tchau, saiu as pressas
Correu pela porta aturdido
Acelerado, peito apertado comprimido
Nem aquelas coisas, nem essas

Foi correndo, mais de peito aberto
Certo que seria como o normal
Sorriso simples, cumprimento cordial,
Beijo, não na boca, mas perto.

Mas eis que se surpreendeu
Que já te longe lhe veio sorrindo
Quando perto, até os lábios mordeu

Beijou-lhe de língua, doce, em pecado
Sorriu de verdade, doce, lindo

Ele? Ficou bobo, feliz, fascinado.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Depois de Ver... Onde Tem?

Onde tem mais poesia a não ser dentro de nós mesmos?

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Depois de Ver... Você.

Quero te ter nos meus braços um dia.  Deitada em meu peito.
Sem se preocupar com hora, tempestade ou calmaria.
Afagar teu cabelo, tocar tua alma, pelo tempo do infinito.
Sem ligar para se é cedo, amanhece ou é uma noite fria.
Quero que congele o inverno, que nunca chegue o verão. Para marcar o infinito contigo.

Para combinar os olhos.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Depois de Ver... A Transfiguração.

Ela sempre foi dada ao céu.

Desde criança adorava olhar nuvens e o que elas formavam. Sonhava o dia em que estaria entre elas.

Na primeira vez que voou de avião, em viagem com a família, seus olhos brilhavam de alegria.

Já adolescente, seus desejos pelo céu só aumentaram, passava horas ouvindo música deitada no telhado.

 

Escalava a parede do fundo da casa até alcançar o telhado, deitava-se sobre ele, com seus fones de ouvido e ali ficava por horas.

Só olhando o céu azul e as aves.

 

Certo dia percebeu que algo surgia em seu corpo. Eram asas.

Passou a entender o que as aves cantavam. Seus olhos conseguiam ver mais longe.

Novos sonhos e desejos lhe passavam a cabeça.

Não demorou muito e foi se desfazendo o seu corpo como o conhecia. Foi se tornando dezenas de aves.

Eram muitas, de todas as formas, espécies e cores.

Só então voou. Pela primeira vez de verdade, voou.

Com as próprias dezenas de asas, voou.

Tanto e tão alto que ultrapassou as nuvens e chegou as estrelas.

Quando o bando passou, o barulho das asas era ensurdecedor.

O vento delas avassalava e arrastava tudo por onde passava.

Era lindo, ver o belo arco-íris de aves a riscar os céus.

Quando ele viu, havia ela em todo lugar.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Depois de Ver... Os Beijos.

Sabe os beijos? A cada lugar que eles são dados tem um significado diferente. Quando beijamos estamos encostando uma de nossas partes mais intimas em outra pessoa. Não beijamos nunca algo sujo, ou vil. Encostar os lábios em algo, significa que estamos confiando o bastante para dizer que aquele algo é limpo e que reconhecemos como seguro.

É sublime, ver alguém beijando a testa de outrem em respeito. Beijar a testa de alguém, é como se calássemos, ao pensamento do outro, a suas memórias, sonhos e conhecimentos.

Já um beijo no rosto, é um carinho aberto, simples, doce. Como quem diz, gosto de ti. Um beijo na bochecha é alegre, é como se beijasse um sorriso, é um beijo de um amigo, de alguém que te quer bem. E quantos sorrisos um beijo assim não arranca?

No pescoço é diferente, um beijo no pescoço diz, ou melhor, sussurra: “quero teu corpo”, “te desejo”... É aquele beijo que te leva a loucura. É o beijo de quem quer te possuir. Diferente do beijo na mão, por exemplo.

O Beijo na mão (sobre as costas) é um beijo que se dá em uma deusa, em algo que se venera, que de certa forma até idolatra. É aquele que grita pra ti: “me rendo a teus pés”, é literalmente o beijo de um vassalo.

Ahhh, enfim... O beijo na boca. Esse é aquele que diz, “te quero como mulher”, aquele que suga um pouco de tua alma de tua essência. É o beijo de quem quer saber mais e tudo sobre ti, é aquele que troca. Que troca, e toca fundo, por que é aquele em que você se doa um pouco. Que você se deixa consumir e consome. É o beijo de quem quer você.


O bom é combinar, e receber beijo de quem você quer que te beije. E beijar de volta. O importante, é beijar.

Depois de Ver... Que é Mais do Mesmo.

Ele se sentou a noite, no gramado do parque, estava bem acompanhado. De uma garrafa de vinho, da lua e das estrelas. Estava apaixonado. Mais uma vez, de novo e novamente.

Na opinião dele é uma das mais gostosas sensações. Para ele é meio que um vício. As ideias fervem na cabeça, escreve como nunca, toca como nunca, canta como nunca. Sabe aquela sensação de borboletas no estomago, mãos suado frio, que todo mundo odeia. Pois é o que o move.

Se apaixona fácil, basta um sorriso, uma melodia mais acentuada, um brilho mais forte.
Agora é pela moça, à dois meses foi por “Ela faz cinema”, isso mesmo aquela música, de Chico. Ano passado foi pela lua, passou semanas deitado sob sua luz. Acho que essa foi a sua paixão mais correspondida.


É, é um eterno apaixonado. Sempre foi, é mais apaixonado pela sensação do que por qualquer outra coisa. É que ele adora está assim.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Depois de Ver... O Sexto Dia.

Agora já está acabando o 6º dia do ano.
E você? Está se quer mais perto de fazer as mudanças que prometeu? Ou está esperando os outros 359 dias passarem?

Espero que descruze os braços e vá a luta. Não quero chegar em julho, e ouvir você dizer que espera que o 2014 acabe para que se mude as coisas. Uma virada de ano não fará diferença, quem tem que mudar é você e não o ano.

Corra atrás do seu sonho cada dia, cada segundo. Não viva em função de datas, não se apegue a elas, se não, nunca fará acontecer.

Por que já já é carnaval, e logo semana santa. Copa do mundo está logo ai. Quase já chegou São João. E natal está logo à frente.

Acabou de passar o 6º dia, dizem que Deus criou um mundo em menos do que isso. E você ai não pode mudar um pouco a sua vida nesse tempo?


Não espere outra hora, outro dezembro, outra manhã, outro dia, ou outra segunda, tira a mente do chão e vai voar, ou esperará para sempre que as estrelas caiam em seu colo. Sabendo que pode cultivar asas tão grandes e belas que tem a capacidade de te levar a estrelas.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Depois de Ver... Se Era um Sonho.

Sabe aquela tarde? A música, o sorvete, a camiseta, os lábios, os cheiros, os beijos? Sabe?? Acho que nunca aconteceu. Terá sido um breve devaneio, um sonho, uma utopia?

Esteve só por todo tempo, alucinando coisas belas, planejou sozinho futuro a dois, envolveu o vazio com os braços, beijou a própria mão. Seria trágico se não fosse cômico, deprimente.

O cheiro nos lençóis, a camisa jogada ao chão? Terá sido mesmo um sonho? Será mesmo que alucinei aquelas risadas, aqueles olhares?

Foi doce, mas foi um doce sonho que, o laranja por do sol, levou consigo. E a noite, ao sentar na varanda, olhando o horizonte e pensando sobre o que tinha ocorrido.
Viu os belos pássaros, sentados no muro ao lado, inquietos e doces. Tinha ficado ali toda à tarde, olhando pela janela. Podiam ser testemunhas do que ocorrera. Seriam eles que me provariam que tudo tinha ocorrido e que nada fora fantasia. Estavam ali, sentados, como se contemplassem de forma diferente a beleza do mundo.

Fez menção de abrir a boca e perguntar, quando o sorriso se desfez, viu voar os pássaros tão rápidos que não soube dizer se voltariam.


Ficou só, com sua dúvida e um violão. Pôs-se a cantar.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Depois de Ver... A Foto.

"Que se foque, que se clique, que se congele a luz e faça da foto um fato."

Depois de Ver... As Aves.

Quando os pássaros se encontraram por um acaso. Bem longe do chão.  Ninguém se que imaginava a que ponto chegaria. Com certeza nem eles.

Um pronto para ir morar em uma estrela. Outro ainda prestes a ganhar o direito de permanecer de gaiola aberta.

Era tudo diferente, um, uma fênix que já havia morrido algumas vezes, outro, um passarinho recém nascido.

Improvável!? Muito!!!

Mas na vida, por acaso do destino, ou o que quer que você acredite, acontece.
E foi assim.

Mas sabe o que é mais estranho?
Mesmo  com a troca de olhares e até a  conversa, nada nasceu naquele momento. Foi somente semanas depois,  que a fênix, em seu vôo, avistou ao longe o jovem pássaro e resolveu se aproximar.

Conversar intermináveis, sono e muito desejo do improvável, do difícil. Tudo isso, junto em um só caldeirão, fez parte dessa história.