quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Depois de Ver... Machos e Fêmeas.

Não sou feminista. Muito menos machista. Só acho que as mulheres tem que ser tratada da mesma forma que o homem. E ter os mesmos direitos (coisa que no mundo hoje, existe praticamente só no papel.)

Mas realmente não acho que só por que os homens (em sua maioria, salvo raras exceções) são babacas, estúpidos e sem a menor moral. Que as mulheres devam ser assim também.

Façam um favor a vocês mesmas, deem o "troco" escolhendo melhor. E não se rebaixando ao mesmo nível.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Depois de Ver... Esse Sorriso.

Olha... Vou te dizer só uma vez:

Não aparece na minha frente. Se não, te arranco esse sorrizinho da cara e...
Te coloco um sorrizão, 13 vezes maior. 

Nem que isso custe o meu.

domingo, 24 de novembro de 2013

Depois de Ver... O Vinho e o Coração

Comecei naquela tacinha que faz bem para o coração;

Passei pela taça que nos deixa alegres e como coração leve;


Agora, estou quase naquela garrafa que faz lembrar das dores dele;


Não vejo a hora de chegar naquela em que eu apago e o coração se silencia por algumas horas.

sábado, 23 de novembro de 2013

Depois de Ver... Seus Lábios.

Sobre lábios, tem algo que me intriga.
Que devem os meus dizer
Para os teus ter?

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Depois de Ver... O Acidente.

O que passaram por mim foram dezenas de nostalgias. Passaram a toda. Vi sentimentos se atropelando na minha frente.

Reduzi a velocidade, tentei virar o rosto, tentei ignorar os destroços e não consegui. Parei o carro logo à frente e desci para ver o acidente.

A cena era dantesca, pedaços de saudade por todos os cantos, as lembranças todas férias e arranhadas. Amores tão machucados que mal dava para reconhecer.

Nem os medos e as dores passaram em puni, alguns caídos, nem sei se ainda viviam, outros tão feridos choravam desesperadamente, muitos esfolados, com rostos desfigurados, alguns sem braços e pernas que eu duvidava que pudessem sobreviver.

As dúvidas corriam de um lado para outro com olhares espantados, as tristezas deitadas quietas em um canto, mal dava para saber se estavam machucadas ou não. As alegrias riam desesperadamente de nervoso.

A que estava em melhores condições era a esperança. Que tentava em vão reanimar uma paixão desmaiada em um canto. E foi em meio a esse caos que cometi, talvez, o meu maior erro. Me pus a ajudar a esperança em sua missão de salvar a todos. Começando por aquele pobre paixão desfalecida em minha frente.

O amor próprio gritava para que eu me afastasse, e a solidão, minha única companheira de viagem, sentada confortavelmente no banco do carona, olhava a me recriminar.

Mas contrariando ambos me empenhei em ajuda ao máximo para reviver a paixão. E quando tivemos sucesso e seus olhos se abriram, no mesmo instante eu a reconheci e fui reconhecido. Ela, ao me ver tão próximo levantou sua mão em reflexo e a rompeu em minha face, e em um só salto, levantou-se e correu estrada a fora.

A esperança ao meu lado, desculpou-se comigo, ao ver meu olhar atônito e seguiu fazendo seus salvamentos.

A dúvida agora mais calma, sentou-se ao meu lado e me perguntou:

- O que fará agora? Vai atrás dela? Vai continuar tentando salva-los ou vai seguir o seu caminho com sua companheira de viagem?

Fui sincero em responder:


- Não sei.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Depois de Ver... A Dúvida.

Podia dar um “Oi”, perguntar como está? Fazer uma piada, elogiar a foto nova.

Podia indicar um livro, tentar arrancar um sorriso, dizer que sente saudades. Dizer que ainda lembra, que ainda a quer, que sonhou com ela.

Podia tanta coisa.

Mas e o medo? O medo de enfiar o dedo em uma ferida que ainda dói? O medo de receber um outro: “me deixa em paz”?

Será melhor dormir com a culpa por não ter tentado? Ou com o gosto amargo do “não” a lhe ferir os ouvidos?

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Depois de Ver... A Mais Próxima Distância


E eu, que nunca mais te toquei,

Hoje não mais ouço a sua voz,

Que sinto saudades dos teus lábios.



Logo eu, de tantos.
Fui gostar assim, de ti.
Logo tu, de tantas.

Depois de Ver... O Inusitado Acontecer.

Sophia era o que se podia chamar um anjo na terra. Pele extremamente branca, olhos castanho mel, fundos e penetrantes. Seus cabelos muito pretos, com cachos bem formados, lhe desciam até a cintura. Foi ela quem iniciou o dialogo bastante improvável.

- Qual o seu signo?

Ele, um sujeito carrancudo sentado na sala de espera do cinema ao lado dela. E lia calmamente o livro que tinha nas mãos. Não era velho mas já beirava os 30. O que muito contrastava com os 18 anos, recém-feitos, de Sophia. Negro, alto, cabelo baixo e barba bem cheia que tomava todo o rosto. Se não fosse a camisa de botão, branca com listras azuis, bem limpa e bem passada, se passaria facilmente por um mendigo.

Olhou inquisidor para ela e respondeu seco:

- Leão.

- Serio? Você está aqui só? Vai assistir o que? Que livro é esse? – falou ela, já pegando o livro da mão de Roberto para ver a capa.

- Com licença!? – Falou ele tomando de volta o livro das mãos da moça. Levantou-se e falou educadamente antes de partir – Tenha uma boa tarde.

Ela silenciou em sua solidão, e permaneceu sentada. Era afoita e apressada em se relacionar, sentiu muito por ter perdido a oportunidade de saber sobre aqueles olhos. Mas prometeu a si mesmo que ainda o veria e que ainda teria para ela seus abraços.

Ele, só, seguiu seu trajeto, era passivo e machucado. Não mais sabia lidar com paixões, preferia as guardar para si. Viu nos olhos dela o singelo brilho, mas prometeu não tocar almas. O peso e o pesar eram imensos e preferia não ser ele o responsável.

Minutos mais tarde coincidentemente, se encontraram na sala lotada do cinema. Sentados lado a lado, nenhum dos dois disse nada, em um silêncio mórbido e constrangedor. Ao final da sessão, ela avançou sobre ele, lhe deu um beijo na face e disse:

- Desculpa.

Sem esperar uma resposta, Sophia, envergonhada, correu porta a fora.

Ele apenas deu um sorriso. Levantou calmamente e saiu da sala. Sabia o que ela sentia e sabia o porquê.

Depois de Ver... Três Passos.

Três passos foram suficientes para ele se afastar. Andando de costa por entre as pessoas, enquanto esbarrava em todos. O olhavam com caras feias, críticas e gestos indignados. Mas ele não ouviu, não deu importância, seus olhos ainda grudados no de Beatriz, marejados, sentiam o olhar dela o empurrando, o pressionando contra a multidão.
Foi então que em um baque surdo, seu corpo se encontrou com a dura e fria parede e seus olhos se fecharam.

Queria correr ao encontro dela, queria dizer “te quero, vem comigo”, queria gritar, queria ela. Mas apenas escorreu o corpo pela parede, sentando-se no chão. Ficou imóvel, de olhos fechados, até que todos partiram.

Levantou em silêncio, olhou ao redor a festa vazia e Beatriz sentada em um banco. Ela o acompanhou com os olhos enquanto ele sai pela porta. Antes de sair, porém, deu um breve sorriso para ela. Já de costas, apenas uma lágrima escorreu do seu rosto e ele sussurrou para si: “Só era necessário que você sorrisse de volta. Também sinto dor e esse sorriso não é verdadeiro. Mas poderíamos construir juntos se você permitisse”.

Se ela tivesse sorrido, ou ao menos dado um passo em sua direção. Quem sabe ele até daria os outros dois.


Quem sabe...

sábado, 9 de novembro de 2013

Depois de Ver... Promessas Quebradas.

Já cheguei a confiar bastante na noite.
Hoje, não mais. Foram tantas as quebras de promessas.

Hoje, só confio na lua.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Depois de Ver... Que Quero Saber de Você.

Me conta, me diz, quem é você?
O que é que você fez hoje?
E ontem? E sexta feira?

E sua vida inteira?

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Depois de Ver... A Noite Sem Luar.

Ela pegou um livro na estante, era Neruda. Abriu a esmo uma página qualquer. Aquilo o encantou de tal forma que o fez sorri por dentro.
Ela leu em voz alta e a alegria recém aflorada dele se esvaiu, suas palavras eram um vazio só, lembrava receita de bolo. Puro azedo.
Ele lhe disse que estava morrendo de dor de cabeça. Que era melhor leva-la e voltar para deitar um pouco.
A levou, não voltou para casa, sentou no jardim e olhou o céu sem lua por algumas horas, em completo silêncio.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Depois de Ver... A Mancha.

“Bom... Pode entrar a casa é minha, mas pode fazer as mudanças que quiser, só por favor não mexe nas minhas bebidas. Vou precisar saber onde elas estão depois que você se for. 

E também não faz carinho na gata. Depois ela fica mal acostumada.
Levar ela!? Nem pensar. É minha única companheira. A única que vai e volta, e que aguenta minhas manias. Compartilhamos, eu com as minhas ela com as dela. Ela toma sol pela manhã, eu tomo vodca. Ela só come um tipo de ração, eu só bebo uma marca de suco. Ela sai e volta quando precisa de algo, eu só saio quando preciso de algo, como simular conexões. Somos assim, cada um com suas manias e suas manhas. Nos aturamos, felizes de certo modo.

Achou bagunçado? Pois é! Nem tento mais arrumar, cada uma que passa acaba deixando coisas diferentes, levando um tanto embora.

Que manchas são essas? Hummm Foi uma das primeiras que passou que acabou fazendo isso. É a única coisa que acaba ficando, não por escolha minha.

Limpar? Claro que pode. Até deve.
Na verdade é o que todas dizem, logo quando chegam, que vão começar limpando essas manchas. Mas acabam colocando moveis encima para esconder e acaba ficando por isso.
Mas pode limpar sim. Até ajudo.

Se eu gosto?
Claro que não. Mas estão ai. Não posso fingir que não existem.

Até jogo água sanitária de vez em quando. Mas acaba borrando mais, e o cheiro nunca sai. Ai acabei desistindo. Pelo menos tem uns desenhos diferentes.

Se era um retrato? Não exatamente.
O que era essas asas!? Tem asas ai? Não lembro. Enfim... Dá para esquecer essas manchas e se concentrar em mim? No que eu tô falando?
Como assim eu gosto de lembrar?
Não sai assim... Espera”


Pronto. Lá se foi mais uma. E olha que esta bateu o recorde. Nem ficou pra saber o nome dele por inteiro.
Será ele fatalista!? Não, apenas realista. Se apenas essa machinha a toa causou esse estrago, imagina se ele a deixasse ficar? E quando ela descobrisse a mancha meses depois? Depois dela ter pintado toda a casa, trocado as cortinas, mudado os móveis de lugar... E então, depois de tudo isso, visse a mancha e resolvesse ir embora!? Não seria pior?
Seriam novas paredes para pintar, mais litros para secar e muito mais alvejante, na tentativa de tirar as antigas manchas e as novas deixadas.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Depois de Ver... O Homem Sobre o Muro.

- Ei! Você ai! Você que caminha, vem cá.

Era o que dizia um homem em pé sobre um muro. Enquanto olhava um transeunte e o chamava com o dedo indicador.

Lúcio, que passada apressadamente pela calçada, se quer tinha notado a presença da estranha figura que o chamava. Mas ainda assim, parou, esboçou um sorriso desconfiado e se aproximou.

- Você já tentou alcançar uma estrela com a mão? – disse o homem sobre o muro.
Lúcio sorriu e, sem nada dizer, foi dando as costas e  saindo, quando foi novamente convocado.

- Estou falando sério. Calma espera, eu não sou louco. – o homem foi sentando-se no muro com intenção de ficar mais próximo do rapaz que o ouvia.

Quanto a Lúcio, apenas parou, e esperou a próxima frase da figura que se apresentava a sua frente.

- As estrelas, aquelas, lá no céu – ele apontou para o claro céu diurno, sem se quer uma nuvem – alguma daquelas, lá encima. Quando criança, talvez!?

- Não! Acho que não, sei lá.

- Como não sabe? Ahhh, com certeza você se lembraria se já tivesse pego uma delas.

Lúcio agora ria. E se questionava o porquê de ter parado para ouvir um maluco qualquer, que Andava sobre um muro, fazendo perguntas sobre pegar estrelas aos passantes. Ainda assim se deu ao trabalho de argumentar:

- Você perguntou se eu já tinha tentado pegar. Não se já tinha pego.

- Então quer dizer que já pegou. – o homem sorriu animadamente, e olhava com olhares brilhando, como se desejasse saber sobre a experiência.

- Não. Nunca peguei. Mas tentar pegar é diferente de conseguir pegar.

- Não é não. – disse o homem com ar de decepcionado. Ele voltou a olhar para o céu e se continuou falando como se narrasse um sonho. – ao tentar alcançar, ao se permitir sonhar em alcança-las, automaticamente você abre a sua cabeça para a esperança para a fé. Para a fé em si e as belezas do mundo. E assim, só em tentar, você já ganha para si a melhor das estrelas. Aquele brilho, que te ilumina por dentro e desponta no sorriso, nos olhos e sai irradiando por todos aqueles que te olham.

O silêncio que se seguiu, poderia ter sido constrangedor. Se não estivessem os dois com os olhares voltados para o límpido céu azul.
Lúcio ergueu o braço direito bem alto fechou a mão e a trouxe em direção ao peito. Fechou os olhos por um segundo, deu um singelo sorriso e seguiu caminhando na rua. Só então o homem se deu conta de que Lúcio se afastara, deu um largo sorriso de satisfação e voltou a ficar em pé sobre o muro.

Segundos depois estava ele apontando e chamando uma senhora que passava pelo local. O dia seria longo, e ainda haviam dezenas de respostas a serem dadas e de realidades a serem divididas:


- Ei! Senhora. A senhora mesmo. Vem cá. A senhora já pensou ser um submarino?