Ela pegou um livro na estante, era Neruda. Abriu a esmo uma
página qualquer. Aquilo o encantou de tal forma que o fez sorri por dentro.
Ela leu em voz alta e a alegria recém aflorada dele se
esvaiu, suas palavras eram um vazio só, lembrava receita de bolo. Puro azedo.
Ele lhe disse que estava morrendo de dor de cabeça. Que era
melhor leva-la e voltar para deitar um pouco.
A levou, não voltou para casa, sentou no jardim e olhou o
céu sem lua por algumas horas, em completo silêncio.
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