domingo, 9 de dezembro de 2012

Depois de Ver... Solo!


Não quero nada com o mundo
Não me agradam as regalias e mazelas
Hoje, após tantos calos, prefiro me isentar de todas as coisas boas e até as ruins
Ando preferindo pecar pela falta, a pecar pelos excessos.

Mas tentei, fui me adaptando ao mundo
E nas tentativas de me adaptar que acabei me perdendo,
Foi me perdendo que acabei constatando que há dois caminhos: ou agrado a mim ou ao outro.
E o eu feliz é muito melhor.

Todos por ai correndo atrás dos seus espelhos ideais
Não sou diferente neste quesito
Porem admito rápido minhas falhas, e mostro logo todas minhas cartas.
Bobo é quem acha que sou mais fundo que isso.
Tô voltando a ficar parado, jogar nunca foi o meu forte.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Depois de Ver... Negro Papel.

O papel negro e amarrotado de rabiscos invisíveis;
Leva dos sabores das frutas proibidas, aos pecados;
A timides de um verso, repousa em dobras sensíveis;
E espera na ancia de números embaralhados;

E deslisam de manhã à penumbra;
Sobre olhos de aguia no ato;
Como gato a se esgueirar numa tumba.
E findam a noite na solidão de um quarto;

Sobrevoam pelos, e cabelos em sua dança;
Nas cores da pele, do toque, da lembrança;
O sentido marcado no lábio oculto;

Vive nas sobras do prazer em seu luto;
Do que não é doce, molhado, nem bruto;
E se queixa vil ao sabor da esperança.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Depois de Ver...That I am raining.


I am raining... like no other day.
Thousands and thousands of clouds dusk upon my face;
Storms of glass reflect my soul;

I am freezing...for so many hours;
A stone of warm on the space;
Stopped in the vacuum of the existence;

I am falling... without wings;
Dodging my head of imaginary walls;
And seeing myself like words on the cliff.

I am alone... by my choice.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Depois de Ver... A vontade.


De repente se acendeu em cores
Nas poças, nos quadros, nos telhados
E os anjos, meninos e senhores
Sentiam a ancia dos próprios passados

Desfrutando das letras, do recado
Amando em bandos, aos milhares
Pelas nuvens, cabelos, olhares
Vislumbrou, as entrâncias do pecado

Viu alegrias em escalas de blues
Disparando o vermelho febril
Uma explosão caleidoscópica de luz

E o desejo, no ato possuiu,
Toda graça, que traça e seduz
As vontades de um dia vazio.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Depois de Ver... O Poeta.


- Se sou poeta? Nunca fui. Poeta não é uma definição, é um estado. Se hoje eu estou poeta? Hoje sim, hoje e sempre que posso.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Depois de Ver... Os amantes.


Todo amante com uma caneta pode ser poeta. Basta deixar o amor escorrer pelos dedos e chegar ao papel. E olha que o amor nem precisa ser correspondido, ela nem precisa saber que você existe, aquela música pode nem falar seu nome, o trabalho pode nem lhe recompensar o suficiente... Se a paixão for verdadeira, já basta.

Depois de Ver... Que não há nada de errado.

Será que é errado se sentir o seu protetor? É errado me sentir forte quando te vejo em meus braços. Adoro te ver dormir aconchegada em meu peito como se nada no mundo importasse mais. Adoro ver nos teus olhos fechados que meu peito é a mais firme fortaleza e que meus braços são toda proteção que precisa.

Tem algo de errado adorar tudo isso?

terça-feira, 19 de junho de 2012

Depois de Ver... Os Olhares.

Para dar certo, podem e ate devem ser diferentes ou opostos, mas o objetivo tem que ser o mesmo. Se cada um olhar para um lado, os olhares nunca se encontrarão.

sábado, 16 de junho de 2012

Depois de Ver... Que com você sou melhor.

Eu, perto de você sou diretamente propocional ao que você é perto de mim.

Com você sou melhor.

domingo, 10 de junho de 2012

Depois de Ver... Encontros.


- Mas o que eu faço? O que eu falo? – Perguntou Lian revirando-se na cadeira.
- É simples. Não faz nada. – Foi a resposta impassível dada pelo Samael.
Os dois estavam sentados a alguns minutos em uma mesa ao fundo do bar quase vazio. Os primeiros copos de whisk de ambos já estavam chegando ao fim, e a conversa nem dava sinais de acabar.
- Você acha? E se eu for esquecido? – Lian resmungou olhando para o copo.
- Não tem “se” nessa história. Você será esquecido. Se você não fizer nem falar nada, só vai acelerar um pouco o processo. O que provavelmente será bom para todos.
Coincidentemente duas horas antes, naquela mesma mesa, a cena era outra.
Eva pensava enquanto olhava distraída para um quadro na parede. Estava sentada junto a duas amigas que conversavam euforicamente sobre banalidades. Ou seriam coisas importantes, Eva não se importava. Em sua cabeça apenas duas palavras ressoavam “e se...”.
- ...e podemos fazer assim, né!? O que você acha Eva? – perguntou Cíntia virando-se para ela.
- Eu... – titubeou voltando a si, do mergulho de seus pensamentos onde se encontrava.
- Onde você tá com a cabeça, hem?! Ultimamente tu anda assim. – Bruna comentou ríspida.
Eva levantou-se rapidamente e saiu a passos rápidos em direção à porta. Parou segurando a porta de saída e murmurou para si:
- Tudo é mutável, e a chave está em minhas mãos.
Horas mais tarde, Lian ainda pensava sobre a frase do amigo, e enquanto dava os derradeiros goles de sua bebida disse:
- Você tem razão, acho que essa é a melhor decisão para o momento. Mais isso não quer dizer que é para sempre, né!?

A última frase soou como quisera se convencer do que dizia. A resposta de Samael veio fingindo uma certeza que não existia:
- É.
Lian, que durante a espera da resposta manteve a respiração presa, suspirou aliviado e pediu outra dose ao garçom. Só quando ambos já estavam com seus copos novamente cheios ele voltou a falar:
- Tudo bem. Eu aceito. Diga-me o que tenho que fazer.
- Como já disse, nada. Vá e viva a sua vida. O tempo se encarregará do resto. – ele parou o copo no meio do caminho ate a boca e continuou - Ela virá a qualquer momento. Lembre-se de não cometer o mesmo erro novamente e comentar sobre nosso encontro. Ainda há muito o que ela aprender.
A resposta foi muda. Uma desviada de olhos e uma leve contraída de boca. Porem foi suficiente para Samael entender que suas palavras haviam sido ouvidas e consequentemente seriam cumpridas a risca.
Ainda com sua ultima frase suspensa sobre a mesa, Samael tragou toda a bebida de um gole, voltou a sentar o copo na mesa e se levantou. Com um ar prepotente nos lábios e sem dizer nada, deu as costas e saiu, deixando o amigo com os seus pensamentos.
Minutos depois Eva entrou um tanto quanto apreensiva pela porta do bar e fixou seus olhos no olhos de Lian, que ainda se encontrava sentado. Ela se aproximou e sorriu, ele em resposta ensaiou um sorriso e disse:
- Estava te esperando.
- Me disseram que você estava aqui.
- Que bom. Já tava de saída. Vamos.
Ambos se direcionaram para a porta lado à lado, em silêncio. Na certeza de que tudo é transitório, Lian deixou o bar em companhia de Eva. Em seu intimo ainda havia um pouco de esperança, que mesmo para um ser ateu como ele, podia soar como fé.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Depois de Ver... A Caixa.




Final de tarde, Raul e Gabriel andavam pelo centro em silêncio. A intimidade da amizade dos dois permitia o silêncio sem os deixar desconfortáveis. Foi o Raul quem quebrou o silêncio:

- Ontem quando cheguei em casa tinha uma caixa com um gato dentro bem na minha porta.
- O que?
- Ontem quando cheguei em...
- Não, isso eu ouvi. – Interrompeu Gabriel - Mas como assim?
- Tinha uma caixa no chão, bem na frente da porta, acho que tem um gato dentro.
- Vivo?
Olhando para cima como se pensasse com seus botões, Raul respondeu:
- Não sei.
- Como não sabe? – A pergunta veio com um tom de leve  irritação, que logo foi controlado.
- Não abri para ver.
- Mas... Como assim não abriu?
- A caixa tá lacrada. – Raul deu de ombros, como se fosse a resposta mais obvia. - Nem dá pra ver o que tem dentro. É meio pesada e quando balanço não faz barulho nenhum. Eu é que não vou abrir.
- E como é que você sabe é um gato?
- Sei lá. Eu acho que é.
- Então abre a caixa, horas. Vai deixa o pobre do gato morrer?
- Eu não. Vai que não é um gato. É um tocador de fitas imitando o bicho ou uma pelúcia que faz aqueles barulhinhos, sei lá não acho uma boa ideia abrir aquilo.
- Mas e se for um gato? O coitado deve tá sufocando lá dentro.
O dono da caixa torceu a boca, constatando o obvio que havia na lógica do amigo. Mas ainda assim teimou:
- Mas ai não é problema meu.
- Como não? Você é quem tem a caixa, o gato tá dentro...
- Ou não, nunca se sabe. - Foi a vez de Raul interromper
- Tá... Você é quem tem a caixa, o gato "pode ou não” estar dentro – acentuou as aspas com um gesto de mãos - então o problema é seu sim. E você só vai saber se ele tá lá se abrir. Você pode tá matando o coitado.
- Calma ai, Gabriel. Alto lá! Matando não. Quem fez isso foi o escroto que colocou, ou não, ele lá. E se for uma armadilha? Ou se o bichano tiver mesmo morto? Vai subir aquele cheiro, estragar com minha casa, vai demorar dias para sair.
- Então joga a caixa fora. Ou me dá que eu abro. Você não vai olhar o que tem dentro mesmo. E se for algo perigoso você já se livra.
- Só por que tu quer, que vou te dar minha caixa. Se fosse para ser sua, tinham colocado uma na sua porta. Além disso, eu gosto da caixa. É bonitinha, tem uns desenhos bacanas, combina com minha mobília. Ah, e o barulho que faz é engraçado.
Gabriel deu um pequeno sorriso com o comentário, a seu ver sem lógica, do amigo. E acrescentou:
- Sem comentários. Definitivamente você é maluco. Eu definitivamente abriria a caixa na primeira oportunidade.
- E eu sou o maluco? Você abriria uma caixa misteriosamente colocada na sua porta sem pensar. E eu sou o maluco?
Os dois riram da situação e de suas conclusões opostas e tão verdadeiras, e seguiram em silêncio. Nenhum dos dois voltou a tocar no assunto da caixa e do gato morto-vivo, depois deste dia.
Porem antes dar o assunto por encerrado de uma vez por todas Gabriel perguntou:
- E porque você acha que é um gato mesmo?
- Por que mia.

Depois de ver... Similaridades.


"...não importa se é "assinado" ou anônimo; se ele não muda a vida de alguém (além da do artista), ele falhou." Hakim Bey - ZAT

Eu considero o mesmo sobre a arte, seja a de pintar, de escrever, desenhar, cantar, tocar, sorrir, recitar, interpretar, fotografar, filmar, dançar... E tantas outras formas de manifestação da arte. Se ela não toca, não muda a vida de alguém, ela falhou.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Depois de Ver... A Madrugada.


Madrugada, ela acordou de um sono perturbado. O rosto de uma velha senhora, que permeou seu sonho, ainda pairava em sua mente.

O teto do quarto mal iluminado, pelo fio de luz que furtivamente entrava pelo vidro da janela, criava a atmosfera perfeita. Aquela face enrugada, com olhos firmes e frios de uma desconhecida, fazia ecoar a frase que a fez despertar: "a sua maldição será...".

Banhada de suor levantou-se apressada da cama, sob o olhar severo e irritado do Nemamiah, seu gato, que se encontrava acomodado junto a sua cintura sobre as cobertas.

A água do banho, aquela hora da manhã, lhe caia como um tijolo e junto ao silêncio da noite a faziam refletir sobre o possível fim daquela profecia. As palavras da velha ondulava em sua mente sem parar, e a trazia uma estranha inquietação.

Eram 5:07 da manhã quando Eva voltou para cama e sentou no escuro quarto, que agora se encontrava sombreado pela luz da sala a entrar pela porta entreaberta. “...maldição...”. Tateou sob o travesseiro a procura do celular e deitou-se. Seus olhos se encontraram com o de Nemamiah, que continuava deitado sobre os cobertores e observava sonolento os movimentos da dona.

Na tentativa de dormir, a cama ficou grande, os lençóis muito quentes, as cobertas pequenas demais para as pernas e o travesseiro não apoiava a cabeça. Segundos tornaram-se uma eternidade. “...sua maldição...”. O rosto a assombrava sem parar, qual seria o fim da frase? Qual seria a lição por trás daquelas linhas.

Minutos tornaram-se meses, “... maldição...”. O celular foi consultado inúmeras vezes para saber as horas, que tanto custavam a passar. A mente, lhe vinham todas as preocupações e previsões de como seria o dia seguinte. Como seria seu dia depois da noite mal dormida? Mas nada pesava mais que aquele sussurro, aquele ressoar das duas palavras da velha.  “...sua maldição...”.

Nemamiah que olhava fixamente sua dona a rolar na cama inquieta, sem esboçar nenhuma reação levantou-se, se espreguiçou de maneira displicente e desceu da cama em direção a seu prato d’água.

“A sua maldição...”. A cabeça de Eva que se tornara um turbilhão de ideias e medos seguiu completando a frases de infinitas e terríveis maneiras, tentando achar seu real significado.

Em certo momento, o Nemamiah, que assistia de longe a angustia de Eva, vai a seu encontro e toca de leve o gelado nariz a bochecha da moça. Como quem recebe um toque de lucidez, que a faz ser invadida por uma profunda paz e ela entende que nada tem a temer.
A face que tanto a perturbara durante aquela noite, se desfez em nuvens. E a voz rouca que repetia incessantemente a frase em sua cabeça, foi substituída pelo silêncio.

Seus olhos foram se fechando devagar, seu corpo se relaxando e todos seus medos se foram.

E só então uma certeza lhe veio a mente, em uma voz masculina, doce e de tom tranquilizador: “A sua maldição será... a dúvida.”. Ouviu ela segundos antes de adormecer.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Depois de Ver... O que não devia.


Desabafo do que não sei.

É tudo coisa da minha imaginação. Mas antes que ela me mastigue por dias, vou me adiantar.

Aviso a TODOS!!!

Não sou bem nascido, pelo menos não no que se refere a dinheiro ou uma família que não precisa se preocupar com ele. Sou negro, isso mesmo, NEGRO!!! Ouviu? NEGRO!!! Não há outra forma de me descrever.
Porem tenho certeza que essas duas características (pobre e preto) não me diminuem em nada, como também não me engrandecem. Cor da pele e dinheiro no bolso não alimentam a alma.
Características que me tornam diferente são: inteligência (capacidade de resolver problemas), criatividade (ver o comum com outros olhos), empatia (se colocar no lugar das outras pessoas), desorganização (bagunça mesmo), introspecção (tímido, sério), egocêntrico (em alguns aspectos), sinceridade (sempre), imprevisibilidade (ter pouco apreço pela rotina)... São coisas como essa, que me fazem diferente.
Se não consegue ver isso, não consegue enxergar esse algo mais que tenho. VÁ A MERDA!!! Por que não merece minha consideração.
Eu quero mais é que dê valor a coisas como: comida cara, dinheiro, luxo, bebidas importadas, roupas de marca, carros dos melhores modelos... Mas dê valor apenas a isso, longe de mim.
Encha sua vida vazia com cornucópia de futilidades. Com relacionamentos rasos, com buscas infundadas de um amor que não é mais seu. Só isso não me preenche. Prefiro viver pobre e preto comendo a mesma comida todos os dias e saber que tenho uma vida profunda, cheia de amigos (que gostam de mim e não do meu dinheiro), cheia de conhecimentos (se existe um pós morte, é só isso que levaremos), cheia de carinho e respeito ao próximo, me partir em mil, me entregando a cada dia.
Prefiro isto, a viver tocando superfícies das vidas alheias só por fazer. Como já disse sou superficial de milhares de modos, mas não ao tratar com pessoas.

Eu, triste? Eu, rancoroso? Nunca! Mas no mínimo decepcionado.

Espero está jogando essas palavras ao vento, por que sei que minha cabeça é foda e as vezes me prega peças.

Mas se couber, FICA A DICA!

sábado, 19 de maio de 2012

Depois de Ver... Que sou superficial.


Sou superficial sim, e não por que dou importância demais à aparência, mas sim por que busco todo tipo de conhecimento.

Tento saber sobre tudo, porém, acho que por opção de fábrica, sem se aprofundar em nada. Não se enganem, vivo tudo intensamente a cada momento, mais sempre nadando em águas seguras e rasas, dando apenas mergulhos rápidos e certeiros como aves que audaciosamente se atiram em direção a suas presas, em um oceano de águas turvas.

E como ave, busco também alçar pequenos vôos que estão se tornando cada vez maiores, longos e freqüentes. Um dia sei que chegarei ao longínquo alto mar e sentirei profundas águas sobre meus pés. Sentir-me-ei perdido, mas nem tanto, sentir-me-ei só, mas só um pouco. Pois com os pequenos vôos treinos que dou agora estou aprendendo a levar comigo uma bagagem incalculável de conhecimentos, experiências e amizades.

Um dia deixo de ser superficial e me especializo.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Depois de Ver... Os mundos.


Quando percebi que o mundo estava ficando pequeno demais pra mim. Eu quis dizer “vamos” ela quis falar “fica”. Nenhum de nós disse nada. Hoje somos de mundos diferentes.

Depois de Ver...Que assim somos todos


As vezes falta coragem pra falar o que  sinto.
E o tempo passa, passa, e a falta continua.
Talvez por medo, talvez por esperar uma reação negativa.
Me afogo em copos e corpos vazios. E que neles estejam a solução.
Mas isso é apenas momentâneo.
Depois retornam a tona, as mesmas magoas, os mesmos dramas, os mesmos receios...
Ai... Me finjo de forte, me travisto de sério, me engano com o ordinário.
Mas na esfera fria e vazia do quarto é que os medos se revelam, as saudades apertam e a solidão se acentua.
E a vontade de falar permanece junto à falta de coragem.
Me falta coragem  pra algumas coisas... Me falta coragem pra muito.
Vocês deve achar que eu sou louco.
Mas assim não somos todos?

terça-feira, 15 de maio de 2012

Depois de Ver... O Banho.



Ontem senti teu cheiro, na ducha quente de uma noite fria e de silêncio vil e solitário; Vi gostos, rostos e cenários. Cheiro de noite, de banho, de espuma travessa a atravessar o ralo.

A sóbria pedra, guerreira, surrada pela força da água aguardando ansiosamente a hora de rolar em nova cachoeira;

E me senti na embriagues, fui a pedra lapidada suavemente pela queda d’agua, pelo teu corpo, tua nudez;

Te vi em meus braços despida de dor, de anseios e saudades. Vi apenas tem corpo, colado ao meu. Em cada passo, teus sussurros molhados, tuas preces e teu canto ateu;

Te senti no travesseiro, minutos mais tarde, teu cabelo, tuas mãos, teu hálito, teu toque, meu espelho.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Depois de Ver... E querer.


Vamos combinar?

Sou forte de diversos jeitos diferentes, mas se há algo que não sei, é me entregar pela metade.
Para mim é fogo ou água. É sim ou não. Agora ou nunca!
No mundo há muito cinza, muitos meios termos, versões diferentes de um mesmo enredo.
Já no querer, não!
No querer é preto ou branco, tudo ou nada, é sol ou chuva, praia ou serra. Na verdade no querer, é sempre tudo.

O querer é:
Agridoce, é oitenta e oito, é o inferno no paraíso, é perder ganhando...
É a soma dos extremos, é Deus no Big-Bang, a vida das pedras, o pecado-santo...
É a droga mais forte na água limpa, é chorar de rir, é gelo em brasa, poeira em alto mar.
É isso e aquilo!

Estamos combinados?

domingo, 13 de maio de 2012

Depois de Ver... Que Lembrei.


Tentando te esquecer, vou me atirando trôpego, sôfrego, em cada faísca de amor que encontro pelo caminho. Em cada copo de bebidas mil, em corpos no cio. Sigo buscando desilusões, algo que me faça doer mais que você e assim cobrir a sua falta. Vou acumulando sombras e consternações para eclipsar a tua lua, a tua luz, tuas asas.


O ideal seria não me importar com o dia de teu nome, como não me importo com todos os demais, como o faço com o meu. Devia fingir que me importo como finjo com os outros, e não me lembrar e me obrigar a esquecer.





sexta-feira, 11 de maio de 2012

Depois de Ver... O Difícil


Conseguir minha atenção é fácil, qualquer filme B consegue isso.
Falar comigo por horas no telefone, qualquer atendente da Vivo consegue;
Fazer com que eu me apaixone também é bem fácil, qualquer música boa me faz apaixonado por semanas.
Me tirar o sono é moleza, qualquer teoria sócio-política-comportamental consegue fazer isso por dias a fio.
Ganhar uma música que lembre você, qualquer um consegue. Tem uma música que me lembra uma rua.
Ganhar um poema meu, até um copo de vodka já ganhou.
Conhecer meus lençóis não é nada, todas as lavadeiras da cidade já o fizeram.

Complexo é fazer com que eu sinta mais do que paixão.
Quase impossível é me marcar fundo.
Me tirar da cabeça todo o resto do mundo, mesmo que só por um instante, isso sim é complicado.
Difícil mesmo é fazer com que eu fique, querendo ficar.

sábado, 28 de abril de 2012

Depois de Ver... Que o fato é...


Eu, cansado de aventuras, quero tentar mais uma vez.
Quero estar com alguém, simpática, inteligente, divertida, bonita e simples.
Viver todas as coisas boas e ruins que um relacionamento trás.
Sentir todas as emoções que alguém pode me proporcionar.
Você, cansada de tentar, quer aventuras.
Quer, sem compromisso, usar como nunca o fez.
Viver todas as coisas boas e ruins de estar só.
Sentir todas as emoções que todos podem lhe proporcionar.

Eu, quero colo, cafuné, ficar embriagado juntos, conhecer e compartilhar o mundo.
Você, só quer festa, amassos, ficar embriagada com quem estiver disposto, conhecer infinidades de pessoas.

Eu, quero amigos, cinema, conversas, baladas, vodka e guitarra junto.
Você, quer amigos para conversar sobre baladas enquanto toma vodka e esquece o resto, esquece a mim.

Eu, quero ser forte unido;
Você quer mostrar ao mundo o quanto é forte só.

Eu, quero uma costela, para o frio, para mim.
Você, quer peitos, braços e calores dos corpos.

Eu, quero o alguém para juntos ganharmos o mundo.
Você quer o mundo.

Eu...
... Você!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Depois de Ver... Saudades.

Invento maneiras de não dizer "Saudades de você".


Não sei o que dói mais, sussurra a verdade ou gritar tudo envolto em eufemismos. 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Depois de Ver... A Banalização do Profundo.

Juro, depois do facebook estou vacinado contra profundas reflexões sobre a vida. É tanta citação diária, tanta profundidade que deixei de mergulhar. A salada é tanta que mal chego a começar a refletir e saborear algumas doces palavras e já sou afogado com mais um oceano delas.

O que me leva a pensar se realmente quem postas essas belíssimas frases, pensam e/ou aplicam o mínimo delas no cotidiano.

Eu que já era fã das coisas simples, atualmente estou priorizando o simplório, o singelo. Hoje, ainda mais que antes, prefiro sentir frases aparentemente simples, sem ideias obvias e interpreta-las a meu modo. Tentando aplica-las da melhor maneira na minha vida.

O profundo não esta sempre em citações de famosos autores, ele pode esta em apenas uma palavra. Naquele algo que mexe com você e, às vezes, sem nenhum sentido visível lhe toca.

Ele pode estar no “boa noite” ou na mais bela frase de Caio F. Abreu. Pode estar naquele trecho, daquela música que você adora desde a infância, e só agora viu a magia dela. Basta que te tire do ar, que te inquiete e te revire as entranhas.

É ver, no coração do poeta, o seu sentimento, ouvir sua dor na música, ou sentir sua felicidade na caneta do escritor. O profundo é isso. Simples e raso assim.

Então, por favor, tomem cuidado para não banalizar algo que é tão intimo. Essa relação poeta x leitor, que é única e particular.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Depois de Ver... A Vida como ela é!

Você queria um amigo? Bom para você que encontrou. Pior para mim, que adicionei mais um amor platônico à minha prateleira.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Depois de Ver... Só hoje.

Eu queria poder, só hoje, arrancar do peito por um minuto essa angustia. E abandonar essa necessidade mórbida e constante de doer.
Eu queria fugir, só hoje, de mim. Dessa fixação pelo frio na barriga, dessa sujeição repetitiva ao “sim”.
Queria mentir, só hoje, enquanto te digo mil verdades. Quando te digo na cara, sobre minha vaga de saudades.
Queria não ferver, só hoje, quando crava suas unhas na minha pele. E parar esse borbulhar, esse vicio insólito que, ao erro, me impele.
Queria não sentir, só hoje, juro, quando me fere com pecados confessos. E te dizer que não ligo, quando não desses de tuas barreiras, de teu muro.
Queria fingir, só hoje, que não liguei. Que não fui fundo, que não me perdi e não mergulhei do seu lado do rio.
Queria ser, só hoje, o que você pensou que eu fosse. O duro, sem alma e que se vai.

terça-feira, 20 de março de 2012

Depois de Ver... Quero um pouco de tempo.

Nem quero muito, só um pouco de tempo.
Apenas que ocupes um tanto do seu dia comigo.

Quero um pouco de tempo, para te ouvir falando sobre tudo. Falando rápido, atropelando os assuntos, me fazendo ciúmes, me contado do seu mundo...
Para só assim eu entender todos os usos do “punk”, o verdadeiro sentido do “Ai dor” e da puxadinha de lábios.

Usarei esse tempo para olhar teus olhos enquanto me ouve tocar, para te ouvir atravessar os tempos das músicas, para ver teu sorriso. Ouvirei teu sussurrar, te abraçarei forte e escutarei teu ronronar;

Acolher-te-ei em meu peito, enquanto escuto teu silêncio e vigio teu sono, tua insônia, tua perna inquieta, tua hora do hush. E em seu leito, do mundo, vou te proteger.

Mas ei de te seduzir nas mais loucas baladas, nos sons mais ritmados, em toda expressão de arte. Buscando a estafa física, os limites do corpo, a energia.

E usaremos esse tempo para os delírios mais loucos pelo mundo, para conhecimento, para as conquistas, para os passos, para as trilhas...

Te mostro o diferente, não o bom, nem o ruim, e sim todas as cores e todos os tons de cinza que a vida apresenta. Chega de preto, branco, de verdades veladas, medos, de mentiras sinceras, de certezas... Louvemos ao transparente, ao simples, ao multicor das palavras.

Acredita!!!

Quando você se entregar, se permitir, eu farei esse tempo se multiplicar em pensamentos, com experiências de toda sorte.

sábado, 10 de março de 2012

Depois de Ver... Diferenças!!!

Sou diferente e provo.
Provo todos os dias, através de gestos, ações e pensamentos.
Se me tratar como se eu fosse igual a todos os homens, não me incomodo.
Mas também não brigue se eu tratar apenas como mais uma mulher.

Depois de Ver... A Natureza Felina.

É uma felina!

A destreza e leveza nos movimentos é o que entrega.

O corpo esguio e cheio de graça, só dá a certeza.

É a dona de andar, ao mesmo tempo seguro e displicente.

Uma tigresa com a língua afiada e doce, é toda independência.

O olhar é pura magia, acesos como tochas em brasa.

Olhos de estrelas que encandeiam o céu de lua cheia.

Da natureza felina: vem o acomodar no mais apertado;

O se aquecer nas dobras mais inusitadas;

As manhas, as unhas, a mordida, a sonsa, a mansa, a ternura...

É gata! Grata ao carinho a seu modo.

Um ser simples e de sorriso sincero.

Pantera, inquieta, impaciente...

É o salto no escuro, é o cair de pé.

Sempre tudo ao seu tempo e do jeito que desejar.

Com certeza é uma felina!