segunda-feira, 23 de abril de 2012

Depois de Ver... A Banalização do Profundo.

Juro, depois do facebook estou vacinado contra profundas reflexões sobre a vida. É tanta citação diária, tanta profundidade que deixei de mergulhar. A salada é tanta que mal chego a começar a refletir e saborear algumas doces palavras e já sou afogado com mais um oceano delas.

O que me leva a pensar se realmente quem postas essas belíssimas frases, pensam e/ou aplicam o mínimo delas no cotidiano.

Eu que já era fã das coisas simples, atualmente estou priorizando o simplório, o singelo. Hoje, ainda mais que antes, prefiro sentir frases aparentemente simples, sem ideias obvias e interpreta-las a meu modo. Tentando aplica-las da melhor maneira na minha vida.

O profundo não esta sempre em citações de famosos autores, ele pode esta em apenas uma palavra. Naquele algo que mexe com você e, às vezes, sem nenhum sentido visível lhe toca.

Ele pode estar no “boa noite” ou na mais bela frase de Caio F. Abreu. Pode estar naquele trecho, daquela música que você adora desde a infância, e só agora viu a magia dela. Basta que te tire do ar, que te inquiete e te revire as entranhas.

É ver, no coração do poeta, o seu sentimento, ouvir sua dor na música, ou sentir sua felicidade na caneta do escritor. O profundo é isso. Simples e raso assim.

Então, por favor, tomem cuidado para não banalizar algo que é tão intimo. Essa relação poeta x leitor, que é única e particular.

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