sexta-feira, 20 de junho de 2014

Depois de Ver... Tantas em uma só.

Caipira, fotógrafa, modelo, editora, cozinheira, artesã, leitora, atendente, atleta, estudante, torcedora... Menina... Mulher!!!
Quantas são as que se mostram em uma só.

Quantas são as faces que se revelam e desabrocham a cada dia.
Quantos são os gestos, as falas, os sorrisos.
Quantos lábios tem o seu beijo.
Quantos modos tem sua maneira de amar.

Depois de Ver... Todos os Meus Defeitos

De todos os meus defeitos,
Não crê é o pior.
Pouco creio em mim;
Nem em deuses e afins;

Não creio em céu,  nem inferno,
Nem que certas coisas possam existir.
Como paz para os homens de bem,
Anjos de asas e auréola,
Ou demônios de chifres e rabo.

Não creio nem no que vejo.
Até meus olhos me pregam peças.
Se alguém me olha e deseja,
Já tenho logo a certeza, que é algo atrás de mim.

Se tenho sorte é o acaso,
Se o azar chega, ė fatalidade.
Mas sigo meu rumo na vida,
E me responsabilizo por toda a bênção ou maldade.

Depois de Ver... A Espera.

Nasceu em uma chuvosa madrugada de sexta-feira. Por pura capricho, era inverno. Pois sua vida foi um eterno outono.

Foram tarde e mais tardes, horas e mais horas sentado à frente de um computador lutando trabalhando por algo em que não acredita.
Sendo o que não é. Sem saber o que é.
Tudo pelo simples comodismo social, tudo pelo medo de ser diferente.
Pelo receio de buscar novas alternativas, de ir contra a maré da rotina.

Cheio dos clichês eu o pergunto:
- O que você está fazendo com a sua vida?

A resposta  é curta:
- O que dá!

E a resposta verdadeira seria:

- Passando, esperando. Esperando passar, esperando acontecer, esperando. Esperando o verão começar.

Depois de Ver... O Alguém Que Não Sou.

Cortei o cabelo e a barba. Passei a me vestir de acordo com o silenciosamente imposto.
Quanto ao horário de saída, estes foram esticados para minutos depois do horário que devia.
Roupa impecável, cabelo de acordo com o padrão.
Fui ser o que o mundo espera que eu seja. Tentando ao máximo cumprir com meu papel social.
Parei de ler sites de notícias, mesmo os 10 minutinhos pela manhã, que usava para me manter informado sobre os acontecimentos diários.
Comecei a chegar dezenas de minutos antes do horário que deveria.
E só assim me sorriam.

O que desejado é apenas um boneco feito em série, igual a tantos outros.
Um fantoche sem conhecimento e sem personalidade.
Um alguém sem opinião, um ninguém.
Alguém sem sentimentos, sem pensamentos próprios, sem questionar.
Alguém que siga a risca o modelo, que atire sem perguntar o motivo, que se mantenha produtivo.

Alguém que não seja.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Depois de Ver... O Pequeno Pássaro.

É um pequeno pássaro, de muitas virtudes. Tem toda a inocência.

Enquanto acha que está se perdendo, está crescendo, se encontrando.

Cultivando as próprias asas e se entregando. Se entregando aos loucos, divertidos e sinceros devaneios de um velho pássaro. E buscando o céu, com saltos cada vez mais altos e pequenos e belos voos.

É inegável que os pequenos voos a divertem, lhe põe um sorriso no rosto a cada desafio realizado, a cada trecho do voo, a cada salto.
Mas também a medo. Medo de voar alto demais e perder o caminho de volta ao ninho. Nunca deixará de ser você. Só será maior e mais forte. Mas sempre será você.

Pequena chama, lembra, que as mesmas asas que te fazem alçar voo te trarão de volta, sã e segura a o seu porto. Voe, existe um mundo de sensações para você. O vento no rosto, asas no tempo, olhar no horizonte, sol sobre o corpo... E a noite... A noite o aconchego do lar, a segurança dos seus, o abraço apertado de quem ama, a segurança do ninho.


Todo o mundo é seu, pequeno anjo. Os mais altos picos e todas as cores do céu. Então voa. Risca as alturas com tuas asas e volta serena para teu repouso ao fim do dia.