sexta-feira, 25 de abril de 2014

Depois de Ver... Seu "Big Brother" Particular.

Na última década tem havido uma grande mudança no perfil, nas ações e no comportamento das pessoas on-line.

Sobretudo nos últimos anos, com um crescente bum de smartphones e o acesso pré-pago a internet, milhares de pessoas trocam diariamente mensagens e mídias com maior facilidade.

Na era da informação e da conectividade, que teve início neste século, formou-se uma avalanche de conteúdo, personalidades e situações. O que antes passava despercebido a maioria dos olhos, atinge, atualmente, a maioria da população, já que qualquer um pode ter todo esse material virtual ao alcance de um clique.

Já era difícil controlar quais dados ter acesso e nos livrar de vídeos e fotos indesejadas, que por ventura poderiam aparecer em uma simples consulta ao buscador. Quem pensou que isso era o máximo que alcançaríamos no sentido da disseminação da violência gratuita, barbaridades, sexo e conteúdo de cunho duvidoso, com certeza se enganou. Hoje há o bombardeio contínuo, minuto a minuto, desejado ou não, de vídeos, fotos, charges, montagens e mais montagens, ao alcance das mãos. As mídias alcançam todos os lugares e todos os horários, lares e lares invadidos pelos sonoros avisos de mensagens ou o estrondoso barulho de vibração, a qualquer hora do dia e da noite.

A variedade de conteúdo é de assustar. Varia entre a notícia da gata que o colega pegou na balada, até fotos intimas da moça, para atestar o fato. Entre piadas e charges com assuntos atuais, até gravações de atentados e torturas. Ao simples clique em um celular pode haver a mais linda história de amor ou o vídeo do assassinato mais sangrento.

O Big Brother é a casa de todos os brasileiros, são as ruas, constantemente vigiadas pelas câmeras atentas e avidas por novidade. Os edredons são as camas e as privacidades sendo estupradas pelo desrespeito total ao outro. Tudo em nome do grande circo de entretenimento.
São filhotes bizarros e distorcidos, das infames vídeos cacetadas, que vem se multiplicando nas mídias e deflagrando nas telinhas, em que há pouco ou nenhum filtro sobre.

Todos são “brothes”, que se confessam espontaneamente, segundo a segundo, contando as glorias e infortúnios do dia a dia nos “faces”, “instas”, “whats”...

São as mídias muito mais sociais, são os meios mais democráticos, expondo as faces do ser humanos que viviam escondidas pelo anonimato. E oferecendo ao mundo os 15 minutos de fama eterna,  disponibilizando canais onde todos possam expor suas ideias, pensamentos, construções e ações, mais pessoais e interiores.

Quanto ao futuro, deve-se tomar cuidado ao invadir os direitos e a privacidade do outro, pois a qualquer momento o outro pode ser você.
Que face sua você está mostrando ao mundo? Quais gostos e prazeres você demonstra ter? 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Depois de Ver... A Proposta.

Proponho o seguinte:

Use os próximos 365 dias, para dar "Feliz Natal", no lugar do usual "bom dia" ou do “Oi”.

Mas não basta só falar. Tem que sentir a mesma sensação de desejo do bem ao próximo. Tem que derramar nas palavras,  todo amor que derramamos no Natal. Toda aquela felicidade verdadeira no brilho dos olhos.

Imagine o velhinho de gorro vermelho entrando por cada janela e derramando rios de boas energias.

Algo assim, simples e aparentemente até infantil pode mudar seu dia, pode mudar sua expressão facial, e de todos a sua volta.

Entregue aquele cafezinho ou o copo d'água como se fosse o mais delicioso ovo da páscoa. Veja em todas as mulheres que abraça o rosto de sua mão no dia das mães. Ao apertar mãos dos homens, seja por negócios ou pelo simples ato de cumprimentar um amigo. Imagine ser as mãos do seu pai em plena manhã, do segundo domingo de agosto.

Seja o amigo secreto de muitos durante todo ano. Não precisa muito. Basta um bilhete com “bom dia”.

Avise quando o troco estiver incorreto, como se fosse você a fechar o caixa naquela noite.
Sorria como se todas as manhãs fossem 12 de outubro.

Olhe nos olhos das pessoas como gosta que olhem nos seus. Ouça o próximo, suas vontades, suas crenças, suas dificuldades, seu sonhos. E as respeite como gosta que respeite as suas.

Enfim... Sorria a cada dia como se fosse feriado prolongado.

E veja como  ao final do prazo você  mudou e todos a sua volta. Ai é só repetir a dose anualmente até o tempo desaparecer.

domingo, 13 de abril de 2014

Depois de Ver... As Minhas Repetições.

Como posso esperar que algo mude?
Como posso ansiar por mudanças, fazendo sempre as mesmas coisas?


Como posso esperar, repetindo os erros, os pensamentos e até as queixas que sempre me acompanharam?


Me entregando ao tempo ou a passagem dele, na improdutividade da tv.

Como quero que mude? Se contiuo a dormir, continuo a não ler, continuo a não aprender, continuo a não tentar. Como?


Tendo a não dar seguimento nos projetos, a não me exercitar, a não treinar minhas poucas habilidades, a não fazer.

Depois, aguardo ansiosamente que, por mágica, minha vida mude.


Que de repente tudo ganhe um sentido e um objetivo. Que por decreto mijhas vontades sejam satisfeitas.


Que eu aprenda que sou.