terça-feira, 13 de maio de 2008

Depois de ver... O caso Isabella!!!

Ver e rever, por centenas e centenas de vezes. Confesso a vocês que já não agüento mais ver em todos os jornais, em todas as emissoras, em todos os horários, todos os dias, blocos inteiros sobre o grande nada de novo que se tem de novo sobre esse caso. Certo, que todos nós ficamos intrigados sobre o que se passa na cabeça de uma pessoa para jogar uma menina de 5 anos pela janela de um prédio, e não só jogar, tentar cortar a rede de proteção (que ironicamente foi feita pra evitar que crianças caiam) com uma faca, depois com uma tesoura e só então pegar a criança e defenestra-la. Mais por causa disso passar quase 45 intermináveis dias saturando o nada de informações em intermináveis horas de telejornal? Será que isso é realmente necessário? Serio? Eu pergunto a vocês, o que realmente novo (e importante para a resolução do caso) foi passado nas milhares de reportagens sobre o caso, que não foram ditas nos primeiros 2 dias? Eu praticamente deixei de assistir jornal, por causa disso, mudo imediatamente de canal toda vez que ouço o nome Isabella ser citado na tv. Estou farto dessa mídia sensacionalista que usa e abusa do nada para chegar a frente na infindável guerra por audiência.

Só pra dar mais um pequeno exemplo de quão fundo o nosso jornalismo pode ir no mais inútil do cotidiano, vou conta só mais uma coisa que me deixou tão irritado quando o caso citado anteriormente. A uma ou duas semanas atrás peguei o Cinform (jornal de circulação semanal de Sergipe) e a reportagem de capa era a seguinte “Brocha e corta o pênis”, a reportagem de capa de um jornal semanal, que você acha que tem as noticias mais importantes da semana, e encontra isso. Lamentável. A história de um cara do interior de Sergipe que brochou, a namorada o chamou de viado e ele cortou o pinto fora. E isso ganha a manchete de capa de um dos jornais de maior circulação no estado. É por essas e outras que eu vejo a decadência do nosso jornalismo. Agora termino esse texto me desculpando com vocês por fazerem vocês lerem o nome da menina no inicio do texto, que nem vou ousar repetir, por que sei que vocês devem ta tão saturados quanto eu de ouvir esse nome. E desejo boa sorte, porque ate alguma outra criança (DA MEDIA ou ALTA SOCIEDADE), ser morta arrastada por um carro em fuga, jogada pela janela ou torturada no fundo da casa, ainda vamos ouvir muito sobre o “caso XXXXXXX”

Um comentário:

  1. Realmente, tb senti a mesma coisa... não menos prezando o fato q aconteceu, critico, assim como meu amigo acima, a forma como a midia e principalmente as pessoas reagiram a isso. A mídia,que possui um papel muito importante, e um grande poder de mobilizar as pessoas, uma vez ou outra pisa na bola, quando usa de determinada matéria exaustivamente para aumentar sua audiência. Ela lançou a noticia e, como viu q esta noticia deu frutos, começou a aprofundar o assunto, q deu mais frutos e assim virou uma bola de neve. Mas o q mais me revoltou foi o comportamento das pessoas, de faltarem trabalho, viajar, ficar o dia inteiro para atacar o casal. Algumas realmente devem ter se mobilizado afetivamente, sentido a dor. Mas acredito q a maioria das pessoas estavam lá por curiosidade, como um psicologo acho falou no jornal hj, como uma "excitação" por estar participando de algo q era o foco do país, por curiosidade mesmo, da mesma forma q vão ao shopping se um bbb estiver lá, por exemplo. no programa do jo, um convidado q acompanhou o movimento disse q muitas pessoas gritavam, acusavam de assassinos, qndo os reporteres começavam a filmar. Nas proprias materias, viamos´pessoas passarem pelo local p tirar fotos. Enfim, usar da situação por curiosidade, ou simplesmente por arruaça. Lembro de uma situação parecida, qndo Bush veio ao Brasil, e ouve o movimento de estudantes contrario a vinda dele. O pessoal do Pânico entrevistou o pq dos estudantes estarem lá, e muitos diziam coisas sem sentido, como: Bush é mau; Bush faz guerra e mata pessoas; um chegou ao cumulo de dizer: Bush comeu a mulher de Lula (qndo vi, me acabei de rir ^^); enfim,em grupos e movimentos de massa, a maioria não sabe do porque racionalmente de estar lá, são conduzidos por poucos que realmente querem contestar e se sentem indignados, mas a maioria simplesmente ´participa para descarregar emoção, com o intuito de atacar o outro lado, q é mal, e defender seu lado, q é o certo. É isso q eu penso, espero q tenha conseguido me espressar! Diálogo é sempre importante, através da conversa desenvolvemos nossas idéias, e estamos todos abertos a conversa amistosa, sobre todos os pontos de vista. Abraço a todos!!!!

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