quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Depois de Ver... Verdades de bar.

Quero que em ti apodreça

Os cantos e cantares que não tive;

Que tu, a mim, esqueças

Minha existência, minha sombra que em ti vives;

E no sonho, meu Deus, abandone;

E role nos lençóis atormentada

Triste, culpada, insone;

Hoje clamo pelo teu pranto;

Rezo, pedindo que em ti morra

Tudo que sente por mim, todo tanto

A vontade, a ânsia, que ecoa;

Agora, te aflore no peito a dor;

A alma gritando acovardada

Gemendo, de medo, assombro, pavor.

E assim te falo em silêncio

Da verdade presente em todo bar;

Minha noite finda em um prenúncio

Sem samba, sem canto, sem o cantar.

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