“Metade da humanidade não come; e a outra metade não dorme, com medo da
que não come. ”
Josué de Castro
Salvo a licença poética abordada pelo autor da frase, e a
ironia de haver um desequilibro nesta conta no mundo real.
O que afirmam alguns estudiosos e parte da população, é que
nos últimos anos essa balança pendeu para o lado do dos que tem medo. Muitos,
sobretudo no Brasil, saíram da linha de pobreza. Seja por mudanças no panorama
mundial ou por políticas internas, que pouco nos cabe discutir aqui.
Dados os resultados das urnas das últimas semanas, o que se
percebe é uma perda da força nas governanças municipais pelos partidos ditos de
esquerda ou centro-esquerda. Muitos dizem e dirão que isso reflete o a ascensão
de classes marginalizadas, outros que isso se deve aos resultados negativos
(sobretudo econômicos) sofridos nos últimos anos pela administração do país,
sem falar da crise política por questões judiciais, corrupção, etc...
Exemplos similares ao redor do mundo é que não faltam, e
parecem combinar com a crescente onda de conservadorismo e de administrações
com maior foco na economia do que o dado pelas gestões anteriores.
O argentino Macri, a eleição do Trump nas prévias e sua
chegada às eleições com chances reais de ganhar, o número expressivo de apoiadores
do Bolsonaro no Brasil...
O fato é que não dá para se afirmar com razoável certeza que
rumo tomará o globo nos próximos anos.
Se isto é algo cíclico como afirmam alguns, ou se a estrutura
organizacional do mundo mudou e entramos em uma nova etapa da conjuntura
político-geográfica social do planeta, na qual, o Josué de Castro finalmente
estará errado e todos conseguem dormir e comer com tranquilidade, só o tempo
dirá.
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