- É só isso... – Sussurrava ele para si mesmo enquanto escutava a taça de vinho estilhaçar-se ao chão e encher a sala vazia de barulho, depois o silencio. As mãos ainda continuavam abertas soltas ao lado da cadeira, como que ainda segurassem a taça que acabara de cair. Os olhos mantinham um olhar penetrante e fixo em algum ponto da parede, enquanto os pensamentos pousavam longe em rostos tão familiares.
- Acabou! Acabou! Acabou! – Gritava ela ao espelho tentando se convencer. Os gritos se intercalavam a música alta vinda do som e juntos explodiam janela a fora, ferindo ouvido de vizinhos receosos.
As lembranças eram os lábios, eram os braços, eram os dois. Era o futuro sonhado, o passado amante, eram os dois.
- Ainda não acabou! – diriam os lençóis dele, sabiamente. Baseado nas tantas vezes que fora molhado pelo suor da lascívia dos dois corpos. Baseado na lagrimas que tantas vezes o molharam pela saudade, pela duvida, pelo primeiro sinal de briga. Diria isso pensando nas palavras de carinho, de amor, de saudade, que tantas vezes ele ouvira.
A verdade era uma só: "Ainda não era o tempo".
Humm... blog de visual novo... adorei!!!
ResponderExcluirE quanto ao texto... amei mais ainda... interessante!!!
Nossa amei os detalhes descritos da cena... viajei aki na imaginação em como seria cada detalhe!!! Parabéns!!!