quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Depois de Ver... O Mundo à Moda da Casa

É natural do ser humano pensa-se o mundo a própria maneira. Pesar o mundo com a sua balança. Até aí nada de anormal, a coisa se complica quando se considera que todo o resto é uma extensão de seus padrões e acredita que é deste modo que devem se comportar.

Não é nada fácil avaliar ou mesmo viver as interações sociais, respeitar as individualidades e  peculiaridades de cada ser que nos cerca. Mas daí, achar que nossos valores são os únicos aceitáveis ou corretos é outra história. Muito se fala sobre conflitos de gerações, mas tudo é muito mais do que a diferença entre novo e velho. Independente do certo e errado, há um egocentrismo intrínseco que nos limita a entender o outro, pelo simples medo do diferente.

Há a necessidade de um mundo no qual sejamos capazes de identificar as experiências de outrem, por mais distintas que sejam das nossas, como legítimas e dignas de respeito. A música é grande exemplo disso. Hoje vemos os mais variados tipos de movimentos e manifestações da cultura POP brasileira, o funk ostentação, o RAP, o tecnobrega, que são tratados com preconceito e afastamento. Muitas vezes pelo simples desconhecimento da realidade e mundo no qual estes movimentos tem berço e lugar social.

Estes jovens, ganham hoje poder aquisitivo, através de uma música. Ganham notoriedade e reconhecimento em seus nichos sociais, passando a fazer parte do mundo de consumo, tanto fomentando pelas grandes mídias. São estes mesmos jovens que não estão sendo ouvidos, não estão sendo representados. Não estão sendo lembrados pelas marcas que tanto cultuam.


Estes movimentos têm muito a dizer, são gritos, altos e retumbantes que manifestam a cultura de classes, de uma grande parcela da população, um grito de “estamos aqui”. Como muitos outros movimentos da cultura e da música vividos pelos pais e pelo mundo. O que talvez falte seja uma estrutura neste grito, uma fundamentação.

Quando a nossa visão de mundo não combina com a visão de mundo dos que os cercam, deve haver empatia para que um possa compreender o lado do outro. Pois só assim podemos escutar o grito daqueles que tem algo a nos dizer, para podermos discernir o que é vaidade do que é socorro.

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