Andei fazendo uma lista mental de pessoas que admiro. A
lista chamava-se pessoas a seguir. Não me compreendam mal, não é seguir no
sentido de perseguir, nem muito menos seguir nas redes sociais, apesar de ter
algumas linkadas em minhas redes. O sentido de seguir que me refiro é
acompanhar o trabalho, ouvir, ler, ver tudo quanto for produzido por essa
pessoa, no sentido artístico e profissional.
Perceba que em nenhum momento falei em aceitar tudo vindo
dessas figuras. O objetivo é me familiarizar com a obra do autor em questão e
avaliar por minhas próprias percepções. Mas entendi que as figuras listadas,
apesar de pertencerem a diversos seguimentos, como literatura, fotografia,
cinema, ciências, economia, etc., todas elas possuem visão de mundo, seja política,
religiosa ou social, pelo menos em algum ponto similar a mim.
Com essa análise, me deparei com algo que considerei um
problema. Se afasto ou negligencio pensamentos divergentes do meu e me
retroalimento apenas de ideias que convergem com as minhas, passo apenas a
reforçar os meus próprios conhecimentos e me fechar para outros pontos de vista
divergentes. Considerando apenas saberes similares como verdadeiros ou dignos
de atenção.
Passei então a ponderar que devo buscar também referências
com pensamentos que sejam distintos do meu padrão, para só então expandir a
mente e chegar a conclusões que fogem do óbvio. Parafraseando a frase popular
atribuída a Einstein, é loucura beber sempre das mesmas fontes e esperar sentir
novos sabores.
Por fim a conclusão que cheguei é que não importa o peso da
sua lista de notáveis, o importante mesmo é a pluralidade dela. Por que só
assim, conseguirei ser livre, ético e exercitar mais a empatia.
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