Desde o início da comunicação, seja ela humana ou não, um
dos seus princípios básicos é a atividade de dar nome às coisas que nos cercam,
de criar signos e significados.
Dar nomes ou rotular é uma ação de afirmação do próprio ser
e pode ser interpretada como um ato de posse. Nomear é afirmar que conhecemos.
Em contrapartida, ao rotular algo é significa-lo e consequentemente perde-se
informações no processo.
Cada nome ou representação na comunicação, está cheia de significados
e significância. Mas nunca será uma representação fiel ou ideal do objeto. Isso
sem considerar que cada signo pode ter mais de um significado, dependendo do
interlocutor.
Há uma parábola interessante que trata sobre um rei que não
confiava nos mapas produzidos para mostrar a extensão do seu reino e solicitou
que fosse feito um mapa em tamanho real. Não é preciso dizer, que um mapa cuja
a representação seja a própria extensão do território, deixa de ter um sentido
prático.
Mas o fato é que o rei estava parcialmente certo em sua
análise, nenhum mapa cumpriria a função de exemplificar de forma perfeita o seu
reino, por melhor que ele seja. E assim ocorre com as palavras, a cada palavra
que atribuímos a algo, nós reduzimos um pouco da extensão e a capacidade do
objeto.
Por outro lado, ao dar um nome ou uma característica a algo,
pode-se até estar atribuindo outras características que não são do objeto, por
referências que estão carregadas nas palavras. Por exemplo, quando se diz que
alguém com quem acaba de trocar apenas algumas palavras, é inteligente,
automaticamente carrega-se a pessoa de significados do que é ser “inteligente”
em seus conhecimentos prévios.
Assim... O que deve-se buscar saber é que por maior que seja
o número de características e palavras e pensamentos que você atribua a algo ou
alguém, tudo será sempre mais.
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