quarta-feira, 25 de março de 2015

Depois de Ver... O Que o Povo Esquece

O povo se esqueceu o que é vivem em uma democracia.

A  burguesia passou a odiar a democracia no mesmo instante que ela deixou de servir a seus propósitos.

Quando a grande mídia passou a não mais conseguir dobrar a grande massa a sua vontade.

O povo ter acesso a informação, das mais infinitas fontes e quase sempre de caráter duvidoso. São os novos informados, desinformados.

A opinião da vizinha do lado é mais importante que a do jornalista da TV. Isso não é bom, mas também não é ruim. Ou melhor, é ruim sim. Ruim para a elite que sempre controlou a opinião popular, através da voz do ”Bonner” da vez.

 

Há um jogo de poder onde se manter no poder é mais importante do que os deveres do cargo. No qual, exercer o poder passou a ser, fazer ações  para se sustentar sua base e não mais governar para a polis.

 

O povo se esqueceu o que é um país desigual.

Ou melhor, o povo ignora que vive-se em um pais desigual.

Em renda, direitos, em oportunidades, em privilégios...

 

Façamos um exercício mental.

Que tal se a sua cidade fosse dividida? Isso mesmo, fosse traçado um grande muro e dividisse a cidade em duas novas cidades.

Um muro que separasse o centro e os bairros mais nobres, que consequentemente pagam mais impostos (IPTU, energia, água, etc...), dos bairros mais afastados e pobres.

Consequentemente, teríamos uma cidade muito mais rica (que chamaremos a partir de agora de cidade A), arrecadando muito mais impostos do que gastando, contribuindo muito para a união. Por outro lado, teríamos também uma cidade muito mais pobre (que chamaremos de cidade D), que necessita de mais benefícios e investimentos. E que acabaria por sugar as veias da federação, em busca de dinheiro.

 

Isso, só causaria duas coisas:

·         Revolta dos moradores da cidade A, por que pagam mais impostos e querem seus impostos beneficiando seu próprio município;

·         Maior desigualdade, pois a cidade A ficaria cada vez mais rica e a D cada vez mais pobre;

 

Mais você se pergunta: “E eu com isso?”

A resposta é simples, e vem com uma outra pergunta “de que lado você gostaria de estar?”

A falta de empatia humana, alcança níveis estratosféricos, esquecendo que justiça, nem sempre é todos ganharem a mesma fatia do pão. E que ser humano, é muito mais do que ser da espécie humana.

 

Trazendo isso para o Brasil, e fazendo uma análise fria dos últimos acontecidos, será dito que o Brasil mergulhou hoje em uma crise econômica e política. Uma crise de confiança. A máquina pública não suportou o plano assistencialista do governo atual.

Para não mexer nas finanças dos ricos e poderosos, o governo optou por pressionar a classe média, para retirar “sustento” dos subsídios dados aos pobres e miseráveis.

E não é de hoje, esse processo vem sendo implantado em um plano longo, lento e gradual, até mesmo por governos anteriores.

Por que é um modelo de mundo “social e desenvolvido” onde o mais favorecido, cuida do menos favorecido.

Até que o ajuste teve que ser feito a cortes de facão, caso contrário quebraria-se a balança.

Até que a classe média e o rico sentiu que não está ganhando o pedaço maior do bolo, que para eles é o mais justo, pois são os que mais contribuem.

 

Agora a pergunta: “este é o modelo ideal de gestão?”

Talvez de longe. Há falhas, que vão além dos governantes, a falhas de caráter e educacional que estamos longe de resolver.

 

E em uma análise fria: “a culpa é minha, é sua, é de todo o brasileiro”.

Do brasileiro que não lê, que bebe e dirige, que apresenta atestado falso, que mente no imposto de renda, que rouba, mata, mente, que não devolve o troco, que fala sem saber... Que olha só para o próprio umbigo... De quem não admite que erra, para quem não olha para outros.

 

A culpa está em todos, e é de todos. Mas podemos tirar se achar melhor.

 

Posso apagar o texto, se te faz ficar melhor com a tua consciência, e a gente esquece de quem é a culpa.

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