quinta-feira, 12 de março de 2015

Depois de Ver... Que sou um Coxinha Comunista

Não saber em quem votar nesse segundo turno das últimas eleições, acentuou algo em mim que sabia que existia, mas sempre tentava camuflar.

Se o que você está pensando é que sou um indeciso, errou feio. Sou muito bem decidido, o que descobrir é eu sou um coxinha comunista.

Pensar no social, nas melhoras comuns, educação, saúde, segurança, transporte e N outros fatores.
Mas pensar nisso é pensar no social ou apenas no meu direito?
No direito de receber de volta os benefícios que pago, (e muito, diga-se de passagem), através dos impostos.

Sou um crente utópico do bem, sonho com um mundo onde todos podem ter os mesmos direitos, as mesma liberdades, o mesmo poder.
Onde todos podem ter o básico a sobrevivência. E todo o resto deve ser oriundo do mérito de cada um.

Essa escravidão moderna onde os grandes senhores, proprietários de grandes empresas e multinacionais, vivem em seus impérios de dinheiros, muitas vezes sem trabalhar um segundo sequer.
Dinheiro este, fruto do trabalho de milhares e milhares que ganham o mínimo para a sobrevivência.

Alguns acham injusto sustentar os menos favorecido, dirão: “pago imposto para sustentar vagabundo”, “se ganha bolsa família não quer trabalhar”, “ficam só tendo filho para ganhar bolsa”.

Não acho humano, como conceito, pensar apenas no meu bem está e ignorar as necessidades do próximo.
Não me importo em pagar uma parcela dos meus ganhos para ajudar a botar comida na panela de outro animal, quanto mais de um ser humano.

Eu gosto de comer filé, mas prefiro comer carne de pescoço e saber que estou ajudando a dar ao menos farinha seca para alguém que nem isso tinha, do que comer meu delicioso bife e fingir que ninguém mais existe.


O modelo de gestão atual, com certeza está longe de ser o melhor, o ideal.
Mas você há de convir comigo que funciona. Mantem a humanidade viva, e perpetua a espécie. Não estamos pagando luxo para ninguém (além dos políticos) estamos dando o básico para pessoas, e repito, PESSOAS, que muitas vezes não tem o mínimo para sobreviver. Ou que vivem em situações adversas.

Meu desejo de mudança é também comum a todo brasileiro, por insatisfação em alguns pontos. Mas devemos ponderar  e exigir as mudanças pelos motivos certos. Que é melhorar para todo mundo. E não exigir mudança por que uma elite minoria, está ganhando menos milhões.

Vivemos sim, uma crise econômica e política. Mas sobretudo vivemos em uma crise ética, moral, humana.
Uma crise, na qual a falta de empatia é o fator principal, tornamo-nos cada vez mais egoístas e egocêntricos.
A empatia, é uma habilidade aprendida por volta dos 3 anos de idade. Como pode-se haver tantos adultos que não conseguem se colocar no lugar dos outros?

Tá ruim pra ti? Podia estar infinitamente pior para outras milhões de pessoas.

Devemos mudar. Mas pelo motivo certo. Para sermos  mais humanos, justos e solidários.


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