Quando beber demais tornou-se motivo de orgulho?
De todos os erros da sociedade, o uso indiscriminado do
álcool é um dos mais alarmantes.
“eu bebo mais que você”, tornou o lugar da arma maior, ou da
maior espada. Na sociedade atual, beber mais é o símbolo máximo da virilidade.
Neste mundo bizarro, ser mais resistente ao álcool torna alguém melhor e mais
atraente.
E isto, tornou-se algo não mais exclusivos aos homens. Beber
é comportamento também das mulheres.
Feliz, ou infelizmente, esta pitada de igualdade entre os
gêneros, alcançou o mundo.
E não basta beber, deve sempre ser muito, de tudo e todo o
tempo. Festas, encontros românticos ou não, reuniões, casuais ou não... A anos
o mundo vem girando em torno do álcool. E agora também é movido a ele.
Nos tempos atuais, esta droga, tão popular e aparentemente
inofensiva, vem permeando a nossa sociedade, matando nossos pais e mães, nossos
irmãos, nossos filhos, nosso caráter, nossas virtudes.
Porém, nem tudo sobre o álcool é ódio, raiva e rancor. Ao contrário do que
se passa nas grandes mídias, há sim, níveis seguros do consumo da droga. É
possível alçar seus efeitos, dentre eles
euforia e perda da timidez, nos
primeiros goles. E sem para isso tornar-se um dependente químico da droga.
Enquanto em tempos passados se saia com os amigos para
curtir, e dentre as curtições, uma delas era beber. Hoje as pessoas saem com o
objetivo de beber, quer seja com amigos ou não. Houve então inversões de
valores e de conceitos a respeito do álcool.
Sobretudo pelo exagero, pelos excessos, tão cultivados pela
era do consumo. No qual a bebida se
tornou o objeto de desejo, e estar embriagado tornou-se um fim. E não mais uma
das opções ou consequências.
Sem se deixar esquecer a dependência psicológica,
principalmentes entre os jovens. São muitos os que acreditam que só consumindo
o álcool que conseguem chegar naquela garota, que só bebendo poderão pertencer
a determinados grupos. Beber tornou-se o principal passo de aceitação social,
de representação da vida adulta.
Há hoje uma seleção natural humana, na qual os mais
resistentes ao álcool são os que conseguem se reproduzir. Os que conseguem
beber mais na balada, são os que aparentam maior preparo para digerir essa
famigerada bebida.
O álcool tornou-se um dos catalizadores do convívio social.
E defender a sua proibição seria instalar guerra civil no mundo. E apesar das
inúmeras provas de danos nocivos que causa, a sua comercialização e consumo
ainda é amplamente difundida e incentivada.
Mas estará a sociedade preparada para entender o álcool como
algo bom, usado de maneira errada? Estará ela preparada para ver as grandes
mídias defendendo apenas o consumo consciente? A população é apta a saber o que
é ser consciente no seu consumo? Quão é efetiva as campanhas de medo usada pela
mídia, perante as propagandas de bebedores com sorrisos no rosto? Quanto se
percebe e compreende das telas azuis de advertência?
Consciência, essa deveria ser a palavra de ordem no mundo.
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