sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Depois de Ver... Dois


Dois tragos
Duas palavras
Dois dedos
Dois sentimentos

Serenos como uma dose
Verdadeiros como uma moeda com duas caras
Venenosos como dois acarajés quentes que saboreiam os convidados
Famosos como o choro de uma virgem, ou de uma mãe.
Delicados.

Delicados comos o tapa suave de um amante
Ou dois beijos sólidos de um beija-flor.

Dois vagos
Duas almas
Dois medos
Dois momentos

Sentindo beberei até esgotar-se. Vou beber!
Beber ate que sequem as garrafas
chorar ate secarem as lágrimas
E então bebê-las novamente.
E chorar, chorar, chorar...

Dois lados
Duas calmas
Dois mundos
Dois batimentos

Vou beber ate secarem os rios,
Cesserem os tios e as tias,
As manhãs.
Até restarem só noites, frias e solitarias
como músicas.
Como o compositor embriagado na madrugada vazia.
De duas garrafas, dois copos
Dois corpos.

Como o silêncio gritante,
Que só a noite trás.

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