domingo, 5 de maio de 2013

Depois de Ver... Que é só um papel.


É só um papel, uma atuação.
Interpretada dia a dia, por algumas horas.
Porque o real está em casa, dentro das cobertas, sob o travesseiro, atirado no sofá ou pelado no banheiro.

É apenas um personagem, uma máscara.
Usada diariamente, na rua, no trabalho, no bar.
Para não assustar, não amedrontar e horrorizar os transeuntes.

É um a fantasia, um figurino.
Vestidos todos os dias, como um uniforme.
Para disfarçar o gosto peculiar, e o mundo não se chocar pela nudez dos trapos.

Mas é tudo verdade, o personagem é criação dele, então não deixa de ser ele. É a imagem dele refletida no espelho do mundo.

Não há mentira, não há enganação, só um grande teatro.

Porém não é prazeroso, o papel ele não gosta de interpretar, a atuação é com pouca emoção (apesar do elogio dos críticos), o personagem é frio e sem profundidade, a máscara é apertada, pequena e restringe os movimentos do rosto, o figurino cumprido demais e a fantasia é velha.

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