É só um papel, uma atuação.
Interpretada dia a dia, por algumas horas.
Porque o real está em casa, dentro das cobertas, sob o travesseiro, atirado no sofá ou pelado no banheiro.
É apenas um personagem, uma
máscara.
Usada diariamente, na rua, no
trabalho, no bar.
Para não assustar, não amedrontar
e horrorizar os transeuntes.
É um a fantasia, um figurino.
Vestidos todos os dias, como um
uniforme.
Para disfarçar o gosto peculiar,
e o mundo não se chocar pela nudez dos trapos.
Mas é tudo verdade, o personagem
é criação dele, então não deixa de ser ele. É a imagem dele refletida no
espelho do mundo.
Não há mentira, não há enganação,
só um grande teatro.
Porém não é prazeroso, o papel
ele não gosta de interpretar, a atuação é com pouca emoção (apesar do elogio
dos críticos), o personagem é frio e sem profundidade, a máscara é apertada,
pequena e restringe os movimentos do rosto, o figurino cumprido demais e a fantasia é velha.
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